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Os republicanos do Congresso, frustrados com a falta de capacidade dos parlamentares de alcançarem um acordo para reunir o governo, começam a desviar o foco da exclusão da reforma da saúde (Obamacare), que tem sido o elemento central das disputas orçamentárias, para um acordo mais amplo. Os republicanos da Câmara pretendem se reunir a portas fechadas nesta manhã para discutir estratégias enquanto o país inicia o quarto dia de paralisação.

O novo foco se dá no momento em que o Congresso começa a confrontar a necessidade de elevar o teto da dívida dos EUA, o que, segundo o Tesouro, precisa ser feito este mês para que o país cumpra suas obrigações. Alguns parlamentares republicanos agora avaliam se o impasse fiscal poderia ser melhor resolvido com um amplo pacote que já incluiria o aumento do teto da dívida.

O presidente da Câmara, o republicano John Boehner, sinalizou ontem que pode seguir esse caminho. Ele disse a um grupo de aliados próximos que não quer negociar um acordo para financiar as agências federais e reabrir o governo para depois enfrentar uma negociação imediata sobre o teto da dívida, segundo participantes da reunião. Boehner expressou otimismo com a possibilidade de aliar essas duas questões para chegar a um amplo acordo orçamentário com a Casa Branca e os democratas do Senado.

Enquanto isso, alguns democratas da Câmara também pressionam seus líderes a tomarem ações adicionais para reabrir o governo. Um grupo apoiou cancelar o imposto sobre aparelhos médicos previstos na reforma da saúde - uma prioridade republicana - como forma de resolver a batalha fiscal. A ideia, porém, foi rapidamente rejeitada pelos líderes democratas.

Em reunião com republicanos de centro, Boehner sugeriu que a legislação do teto da dívida provavelmente precisará de algum apoio dos democratas, reconhecendo que isso sofrerá oposição de alguns conservadores. Alguns republicanos expressaram ceticismo com a possibilidade de Boehner aprovar a elevação do teto da dívida sem fazer exigências ao Senado e à Casa Branca.

"Não acredito que haja 218 votos para elevar o teto da dívida sem algum esforço para lidar com o déficit", disse o republicano Tom Cole. "Quem são os republicanos que votarão por uma elevação sem esforço nenhum para lidar com o déficit?"

O porta-voz de Boehner, Michael Steel, disse que o republicano "sempre disse que os EUA não entrarão em default, mas, se vamos elevar o teto da dívida, precisamos lidar com os motivos da nossa dívida e déficit". Fonte: Dow Jones Newswires.

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