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Mesmo em um ano marcado pelos efeitos da crise financeira internacional, as reservas cambiais brasileiras continuaram a subir em 2009. Segundo números divulgados nesta segunda-feira (4) pelo Banco Central, as reservas terminaram o ano passado em US$ 239,05 bilhões, com crescimento de US$ 32,2 bilhões frente ao patamar registrado no final de 2008 (US$ 206,8 bilhões).

A maior parte do crescimento das reservas internacionais se deve às compras de dólares efetuadas pelo Banco Central no mercado à vista. O valor das aquisições de divisas somou US$ 26,9 bilhões entre maio e 24 de dezembro de 2009. O volume das compras está relacionado com a entrada de dólares no país. No ano passado, na parcial até o dia 24 de dezembro, US$ 28,89 bilhões ingressaram na economia brasileira.

No início do ano passado, entretanto, a situação estava difernte. Por conta da crise financeira, o BC efetuou operações de venda da moeda norte-americana. Em janeiro e fevereiro, o BC colocou US$ 3,44 bilhões no mercado - justamtente para conter o nervosismo e a disparada da cotação do dólar. Deste modo, as compras do BC, menos as vendas feitas no início de 2009, resultaram no aumento de cerca de US$ 23,4 bilhões nas reservas.

Outro fator que contribuiu para a elevação das reservas internacionais no ano passado foram as captações de recursos no mercado externo. Lideradas pela Secretaria do Tesouro Nacional, as emissões de títulos da dívida externa funcionam como uma referência para as empresas do setor privado, em termos de taxas de juros. Mas também contribuem para o aumento do volume de reservas. Em 2009, mesmo com a crise financeira, o Tesouro captou US$ 4,1 bilhões no mercado externo por meio da emissão de bônus - volume que ingressou nas reservas cambiais.

Juntas, as compras de dólares efetuadas pelo BC no mercado à vista e as emissões de bônus da dívida externa feitas pelo Tesouro Nacional geraram o aumento de US$ 27,5 bilhões nas reservas internacionais em 2009. A diferença entre este valor, e o aumento total das reservas (US$ 32,4 bilhões), ou seja, de US$ 4,7 bilhões, refere-se aos rendimentos das aplicações das reservas brasileiras. A explicação é que as reservas internacionais são aplicadas em títulos de outros países, que geram rendimento para os seus detentores, neste caso o Brasil.

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