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A retomada da construção civil em Curitiba começou mais tarde que nas demais capitais e, apesar da expansão dos últimos anos, os empreendimentos já lançados estão longe de atender à demanda reprimida por imóveis na capital. Além disso, a demanda continua firme e, apesar da crise, os juros recuaram e o crédito para a habitação foi ampliado – prova disso é que, no mês passado, a Caixa Econômica Federal liberou R$ 1,91 bilhão em financiamentos imobiliários no país, 155% a mais que em janeiro de 2008. Esses são os argumentos a que se apegam as construtoras e imobiliárias que pretendem elevar o número de empreendimentos lançados na capital neste ano.

"Nossa retomada demorou mais, começou uns dois anos e meio atrás. Nossa demanda é mais reprimida. E o número de lançamentos recentes parece alto, mas, perto da demanda, não é", diz Gérson Carlos da Silva, diretor da Galvão Planejamento Imobiliário. De acordo com o Sinduscon-PR, embora a área liberada para construção residencial em Curitiba tenha chegado a 2,7 milhões de metros quadrados em 2008, nos seis primeiros anos da década o mercado ficou praticamente estagnado, oscilando de 850 mil metros a 1,25 milhão de metros quadrados. "Nenhum dos nossos clientes cancelou empreendimentos depois da crise. Alguns estão, inclusive, reduzindo em outras capitais e aumentando os lançamentos em Curitiba, pois o momento aqui segue muito bom. Por isso, nossa empresa vai lançar 50% a mais que em 2008", diz Silva.

Na mesma toada, a construtora Hestia, especializada em apartamentos para classe média e média alta, vai elevar em cerca de 40% o número de unidades lançadas – foram 70 em 2008 e serão mais de 110 neste ano. O Grupo Thá, um das mais antigos do mercado paranaense, estima um aumento de 53% em seu faturamento, segundo a gerente de marketing, Cristiane Kilter. No caso da Baggio Construtora, a previsão de expansão no ano varia entre 10% e 20%. "A crise teve reflexos sim, entre outubro e dezembro. Mas este início de ano está sendo muito bom. Em janeiro, por exemplo, o número de contratos fechados aumentou 50% sobre dezembro", diz Blanca Baggio, diretora comercial da empresa. (FJ)

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