A Câmara de Vereadores de Cascavel, no Oeste, aprovou na tarde desta quarta-feira (26) um projeto de revisão das plantas dos imóveis encaminhado pelo prefeito reeleito Edgar Bueno (PDT). O projeto, que pretende corrigir o valor venal dos imóveis vai deixar o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) mais caro. Em alguns casos, a correção poderá chegar a 600%. Para diminuir o impacto, o percentual será diluído ao longo de dez anos.

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No mês passado, a Secretaria de Finanças informou à Gazeta do Povo que não havia projeto para mexer na planta dos imóveis. Nesta quarta-feira, o ex-secretário de Finanças, Atair Gomes da Silva, que acompanhou a votação, disse que a decisão foi tomada após estudos comparativos com outras cidades. Ele cita como exemplo a cidade de Toledo que arrecada R$ 27 milhões com o imposto, R$ 10 milhões a mais que Cascavel.

Segundo Silva, o IPTU representa 3% do orçamento de Cascavel. "No passado, isso há mais de 20 anos, chegava a 50%", justifica. Segundo ele, esse tipo de correção não era feito havia mais de 12 anos. As maiores defasagens dos valores dos imóveis estão em bairros da região central da cidade.

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Segundo o projeto enviado à Câmara de Vereadores, a proposta "resgata a realidade sobre o valor de mercado dos imóveis urbanos e pratica a justiça tributária e viabiliza a administração pública mediante receita própria condizente com as necessidades de investimento social".

Vereadores da oposição criticaram o projeto por ter sido apresentado menos de duas semanas antes de terminar o ano, o que inviabilizou uma discussão aprofundada em plenário. O vereador Otto dos Reis (PSDB) classificou como "um presente de grego" para a população. Oito vereadores votaram pela aprovação e cinco contra.