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Com faixas, cartazes e camisetas, os grupos enfatizavam os protestos, chamando a emenda de injustiça contra o Rio | AFP
Com faixas, cartazes e camisetas, os grupos enfatizavam os protestos, chamando a emenda de injustiça contra o Rio| Foto: AFP

A passeata contra a emenda apresentada pelo deputado Ibsen Pinheiro, que altera as regras de distribuição dos royalties do petróleo, começou a sair da Candelária, com centenas de manifestantes, em direção à Cinelândia, no Centro do Rio, na tarde desta quarta-feira (17).

Muitos artistas, como a bailarina Ana Botafogo e a atriz Carla Carmurati, presidente do Theatro Municipal, também participam da caminhada.

Com faixas, cartazes e camisetas, os grupos enfatizavam os protestos, chamando a emenda de injustiça contra o Rio. Muitos manifestantes não se furtaram a fazer perfomances bem humoradas para chamar a atenção do evento.

Foi o caso do vendedor de livros, Alberto Tradesedo, 70 anos, e o taxista Emanuel Alves, 52, vestidos como se fossem "papa" para conceder uma benção ao Rio e fazer com que a emenda não seja aprovada pelo Senado e receba o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Emanuel, para reforçar seu pedido, ainda segurava um galho de arruda. "É para afastar o mau olhado e os políticos invejosos que criam emendas desfavoráveis para o Rio", disse.

O governador Sérgio Cabral vai participar do ato público em um palco montado na Cinelândia, ao fim da caminhada.

A secretária municipal de Cultura, Jandira Feghali, disse acreditar que o protesto pode ajudar a convencer os senadores a vetar as mudanças na partilha dos royalties. Já o deputado Roberto Dinamite considerou a emenda Ibsen "um absurdo, insensata e impensada".

Já o deputado Alessandro Molon, também presente na manifestação, afirmou que o ato deveria ter sido feito antes da apresentação da emenda. Agora, ele espera que a mobilização sirva para convencer os senadores.

"É importantíssimo esse ato de união entre governos, prefeitura, trabalhadores, donas de casa e estudantes", disse Molon, que preferiu não entrar no cercado organizado para autoridades.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou que, apesar de não ser do Rio, ele ama o estado: "A emenda é uma injustiça".

Já a presidente do Flamengo, Patricia Amorim, afirmou que o clube é a favor do pré-sal e do petróleo: "O Flamengo é um patrimônio do estado, assim como o petróleo".

Caravanas chegaram no início da tarde

As caravanas começaram a chegar no Centro do Rio no início da tarde desta quarta-feira (17). Manifestantes de vários municípios chegaram para a manifestação, no Centro do Rio, contra as regras de distribuição de petróleo.

Só de Campos do Goytacazes, no Norte Fluminense do estado, vieram três ônibus, que saíram do município ainda de madrugada.

Nem mesmo a forte chuva desanimou os integrantes do grupo, que usavam camisetas, bandeiras e cartazes com os dizeres "Justiça para quem produz".

"Vamos gritar muito porque nossa cidade é totalmente dependente dos royalties do petróleo. Não podemos nos transformar numa Serra Pelada", disse Levir Nascimento, um dos organizadores da caravana que saiu de Campos.

200 ônibus

Pelo menos 12 mil manifestantes de municípios vizinhos ao Rio chegaram ao Centro em mais de 200 ônibus.

A passeata seguirá pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia, onde haverá um ato público. Um palco montado receberá artistas como Sandra de Sá, Alcione e escolas de samba. A banda do Cordão da Bola preta vai tocar durante o protesto.

Trânsito complicado

A pista lateral da Avenida Presidente Vargas, sentido Centro, foi fechada ao trânsito às 14h, complicando o trânsito nas imediações.

Segundo a Guarda Municipal, o esquema de trânsito começou a ser implantado às 14h. Às 15h, a Avenida Rio Branco foi interditada ao tráfego de veículos no trecho entre a Rua Visconde de Inhaúma e a Avenida Presidente Wilson, assim como o entorno da Candelária e o acesso da Avenida Perimetral para a Avenida Presidente Vargas.

Segundo a CET-Rio, 280 agentes da Guarda Municipal e ainda 50 agentes de tráfego atuam no local.

Estimativa

O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, espera um público de mais de 150 mil pessoas nesta tarde, mas a assessoria do governo não confirma o número.

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