Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) devem fechar o primeiro trimestre abaixo dos R$ 24,9 bilhões do mesmo período de 2011, que por sua vez foi 2% inferior aos primeiros três meses de 2010. O marasmo da indústria tem sido o principal responsável pelo impacto negativo na demanda e o banco se prepara para reduzir as taxas do Programa de Sustentação de Investimento (PSI) como forma de incentivar a retomada dos pedidos de crédito.
A redução das taxas, com anúncio previsto para as próximas semanas, vai variar de acordo com cada categoria, mas deve se situar num intervalo entre 1 e 2 pontos porcentuais. Com isso, alguns segmentos contemplados no PSI devem retornar aos patamares que vigoraram até março do ano passado.
Naquela ocasião, o governo decidiu elevar as taxas e estender o programa até dezembro. Depois, nova prorrogação jogou para dezembro de 2012 o prazo de vigência do PSI, criado emergencialmente em julho de 2009 para estancar os efeitos da crise global sobre a indústria brasileira. O objetivo principal do programa é estimular a produção, aquisição e exportação de bens de capital e a inovação tecnológica.
Caso confirmada, a queda nas liberações do BNDES no primeiro trimestre será a segunda para este período desde 2006. O que preocupa técnicos do banco é que o recuo está ocorrendo não apenas em grandes financiamentos, acima de R$ 10 milhões, feitos por meio de operações diretas do banco, como para valores abaixo desse patamar, feitos com a intermediação de outros agentes financeiros. Geralmente, a maior parte dos empréstimos feitos por operações indiretas refere-se à compra de equipamentos.
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