Um novo robô desenvolvido na Universidade de Brasília (UnB), capaz de traçar rotas e mapear o ambiente onde está inserido, poderá ser utilizado no futuro como segurança de supermercados, guia em museus ou até mesmo como "carteiro" em um escritório. Chamado de Omni, o autômato pode se mover em um ambiente verificando pontos de referência para não bater em nenhum lugar, além de também criar trajetórias.

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"Um sistema GPS não funciona bem com o robô. Por isso, ele tem um radar a laser e câmera de vídeo que vão procurando imagens do ambiente e criando um mapa. Além disso, ele possui os requisitos necessários para um robô se locomover num ambiente, sabendo chegar ao destino e gerar trajetórias", disse ao G1 o professor Geovany Borges, envolvido no projeto, que conta também com a participação de estudantes.

Desenvolvido no Laboratório de Robótica e Automação da Faculdade de Tecnologia da UnB, o Omni tem o formato de uma caixa, com 1 m³ de volume, 370 kg e velocidade máxima de 1 m/s. Além do radar a laser e de duas câmeras, ele também é integrado por um giroscópio a laser e sensores, todos conectados com um computador de bordo. Ele possui três rodas, sendo capaz de se movimentar para qualquer direção no sentido plano.

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"Estamos desenvolvendo o software, que é o que realmente importa. Mas outros robôs bem menores, com a mesma tecnologia, também estão em andamento", explica o professor. "Ainda é preciso aperfeiçoar o sistema que permite a escolha do melhor caminho ao desviar dos obstáculos, através de cálculos matemáticos. Por enquanto, ele funciona na simulação computacional."

Ainda não há previsão de quando o Omni estará pronto e acessível aos usuários, pois isso depende do investimento de empresas no projeto. Suas habilidades quando pronto, porém, o qualificam para as aplicações desejadas, tornando-o útil para escritórios e empresas.