A rede varejista paranaense Romera está investindo R$ 2 milhões em uma nova operação industrial. A intenção da empresa é cortar custos com logística de transporte ao lançar uma produção própria de estofados e colchões.
Rede avança no encalço do agronegócio
A expansão na estrutura da Romera acompanha o caminho do agronegócio. Além do Paraná, a empresa opera em São Paulo e estados do Centro-Oeste e Norte do país.
Recentemente, a rede entrou no Pará e vem procurando cidades que estão sendo abandonadas por concorrentes neste ano de crise.
Para a própria empresa não tem sido simples passar pela recessão. O faturamento deve cair entre 10% e 15%, ficando abaixo do R$ 1,2 bilhão de 2014.
“Temos uma visão clara de longo prazo, o que nos permite escolher bem onde vamos investir”, diz Júlio de Lara, diretor executivo da rede.
Cidades com cadeias fortes do agronegócio e investimentos no setor de energia são as preferidas no momento. Depois de abrir mais de 20 unidades em 2015, a rede deve manter a expansão no ano que vem, mas ainda não tem uma meta – tudo depende das oportunidades que aparecerem, segundo o executivo.
“Há também negócios interessantes aparecendo em lugares que estão na nossa rota de distribuição, onde o custo logístico é mais baixo, por exemplo”, explica.
A primeira experiência industrial do grupo será inaugurada nas próximas semanas perto de sua sede, em Arapongas , no Norte do Paraná. Foram gastos R$ 1,5 milhão em uma unidade para produzir estofados que empregará 50 pessoas e terá capacidade para produzir mil sofás por mês.
Esse é o volume necessário para atender o mercado paranaense. Outros R$ 500 mil estão sendo aplicados para que sejam fabricados colchões no começo do ano que vem.
A ideia da companhia é produzir itens com logística cara, ou seja, com valor agregado baixo em relação ao volume ocupado em um caminhão. “O custo com o frete chega a 13% de um produto dessas linhas”, diz Júlio de Lara, diretor executivo da Romera. “Um guarda-roupa é transportado em uma caixa e tem valor final de R$ 1 mil, enquanto um estofado ocupa o espaço de vinte caixas e tem valor de R$ 700”, compara.
Se a experiência em Arapongas der certo, a Romera deve instalar fábricas anexas a seus outros seis centros de distribuição, que atendem os outros estados onde a varejista tem lojas. A empresa já tinha experiência com o desenvolvimento de móveis – chegou a produzir cozinhas no passado – e criou internamente o design para sua linha própria de estofados.
209 lojas
integram a rede Romera em diversos estados brasileiros. São cerca de 4 mil funcionários e uma frota de 140 veículos próprios. A previsão é inaugurar outros três ou quatro pontos de venda até o fim do ano. No total, são R$ 5 milhões investidos nas lojas em 2015.
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Expansão
O investimento na fábrica acompanha o plano de aproveitar a recessão para colocar a marca Romera em cidades consideradas estratégicas. A varejista abiu 19 lojas neste ano, chegando a 209 unidades, e deve inaugurar outros três ou quatro pontos de venda até o fim do ano. No total, são R$ 5 milhões investidos nas lojas em 2015.
Uma das unidades previstas para entrar em operação até o fim do ano é a primeira incursão da Romera em um shopping center, o Catuaí Norte, em Londrina.
A varejista aproveitou a vacância do ponto – o supermercado Angeloni saiu do shopping – para testar uma nova apresentação. “Chamamos o conceito usado ali de ‘pop-top’”, diz de Lara. “Teremos produtos acessíveis com uma exposição especial, com cada marca mostrando seus produtos.”
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