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Rússia e Ucrânia fecharam um acordo para o fornecimento de gás natural, cortado pelos russos no dia 1º de janeiro por causa de uma disputa de preços. Na prática, a Ucrânia aceita pagar mais pelo combustível e em troca terá reajustado o preço das tarifas de passagem do gás russo à Europa.

Cerca de 25% do gás consumido pelos europeus vêm da Rússia, por gasodutos que passam pela Ucrânia e a notícia do acerto trouxe alívio a países europeus que enfrentam um inverno rigoroso. O impasse prejudicou por dois dias o suprimento do produto para a Europa e que levantou dúvidas sobre a confiabilidade dos russos como uma fonte segura de energia.

O acordo foi anunciado nesta quarta-feira pelos chefes das companhias estatais russa Gazprom e ucraniana Naftogaz.O contrato prevê provisões de gás natural russo à Ucrânia durante cinco anos a novos preços de mercado e através de uma joint-venture européia, a RosUkrEnergo, que tem em seu capital a participação da própria Gazprom.

A Rússia venderá o gás a US$ 230 por cada mil metros cúbicos à companhia RosUkrEnergo, que por sua vez o entregará à Ucrânia a US$ 95 por mil metros cúbicos, informaram os chefes da Gazprom, Alexéi Miller, e da Naftogaz, Alexei Ivchenko. sUkrEnergo poderá pagar e vender a preços diferentes porque vai misturar o gás barato do Turcomenistão, vendido por US$ 50 cada mil metros cúbicos.

O novo preço - de US$ 95 - significa um grande aumento em relação ao valor cobrado anteriormente da Ucrânia, de US$ 50 por mil metros cúbicos, e que é herança do regime soviético de preços subsidiados. Mas está bem abaixo do preço que Kiev não quis pagar a Moscou, após o reajuste de cerca de 300% que deu início ao impasse.

O acordo prevê também elevar as tarifas de passagem do gás russo à Europa pela Ucrânia de US$ 1,09 para US$ 1,6 por cada mil metros cúbicos e a cem quilômetros de distância, e estabelece que os pagamentos serão feitos com dinheiro, e não com carburantes, como até agora.

Ivchenko afirmou que a Ucrânia está satisfeita com os resultados das negociações, e Miller ressaltou que o acordo alcançado implanta relações de mercado na cooperação energética bilateral e garante a estabilidade das provisões à Europa.

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