Para quem resolveu trabalhar por conta própria, formar clientela fiel é um desafio -- trabalho de formiguinha, por assim dizer. Enquanto essa busca não garante toda a renda do mês, uma opção são os sites que tentam aproximar profissional e trabalhos disponíveis. Especialista no assunto, Luciano Larrossa, da Escola Freelancer, conta que essas plataformas são uma boa porta de entrada, mas também se tornam a base da remuneração de muitos profissionais. "Existem freelas que vivem só do boca a boca dos clientes, enquanto outros vivem só de clientes desses sites", diz.
Alguns sites oferecem garantias extras ao profissional que inclui proteção contra calotes. "Algumas plataformas obrigam o cliente a pagar antes de o projeto começar. Isso acaba por garantir que o freela receba", diz Larrossa. Vale lembrar que muitas vantagens estão disponíveis apenas para profissionais que assinam o serviço. A maioria dos sites cobra mensalidade pela intermediação, em geral dando a possibilidade de testar o serviço por um período.
Dependendo da área de atuação do profissional, porém, as plataformas têm poucas chances de substituir o "boca a boca". É o caso de profissionais que lidam com criatividade, como publicitários e fotógrafos -- as opções para eles são poucas; valem como complemento. Já para funções ligadas a tecnologia ou desenvolvimento de sites, o leque é maior.
Isso não significa, no entanto, que o profissional estará livre das saias-justas desse tipo de trabalho, como a oferta de pagamentos abaixo da média de mercado. "Aí o freela que decide se aceita ou não", diz Larrossa. "Faz parte do mercado".
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