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Rio – De acordo com a pesquisa do Cadastro Central de Empresas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada ontem, o salário médio mensal real total sofreu uma redução de 6,4% em quatro anos. Em 2000, o salário médio era de R$ 974,24 e caiu para R$ 916,52 em 2004. A queda foi mais acentuada nas empresas com cem ou mais pessoas ocupadas onde os salários reais caíram 7,7% no período, enquanto nas empresas com até 29 empregados a queda foi de 0,2% e nas empresas de 30 a 99 empregados o recuo foi de 3,1%.

Das 25 principais atividades empresariais pesquisadas, no que diz respeito ao salário médio mensal, apenas três apresentaram aumento em 2004 em relação a 2000: transporte aéreo, extração de petróleo e serviços relacionados e transporte aquaviário.

A pesquisa revelou também que metade das empresas inscritas no CNPJ estavam no Sudeste (52,3%), sendo que 30,2% estavam em São Paulo. A seguir, vêm as regiões Sul (18,9%), Nordeste (16,6%), Centro-Oeste (7,8%) e Norte (4,5%). Os estados do Amapá, Amazonas, Roraima e Pará apresentaram as maiores taxas de abertura e fechamento de empresas entre 2003 e 2004.

Mais de 45% das empresas nascidas no Brasil em 1997 tinham fechado as portas em 2004, segundo mostra a pesquisa. O maior número de fechamentos ocorreu nas menores empresas, que empregam menos. Depois de sete anos da abertura, 46,1% das empresas com até quatro pessoas ocupadas não sobreviviam mais.

Segundo o IBGE, na faixa de empresas que têm 500 empregados ou mais, a não sobrevivência foi de 19,9%. Somente em 2004, para cada dez empresas criadas no país, sete foram fechadas.

De acordo com o Cadastro Central de Empresas, em 2004 surgiram 716,6 mil novas empresas no Brasil, e 529,6 mil foram extintas, com um saldo de 187 mil empresas. Segundo a pesquisa do IBGE, as empresas com até quatro empregados concentraram 94% das criadas e 61,9% do pessoal ocupado no total de empresas criadas em 2004. Representaram também 96,7% dos negócios extintos naquele ano.

O comércio foi responsável pela criação e extinção do maior número de empresas: em 2004, surgiram 387.275 novas empresas neste setor e foram extintas 292.557 empresas. Por outro lado, a indústria foi o segmento onde ocorreram menos nascimentos e mortes (64.591 e 49.688, respectivamente).

Em 2004 havia no país 5,4 milhões de empresas e outras organizações ativas com inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), representando o segmento formal da economia: 90,3% delas eram empresas, 0,3% órgãos da administração pública e 9,4% entidades sem fins lucrativos. Essas empresas ocupavam 37,6 milhões de pessoas, das quais 30,4 milhões (80,8%) como assalariadas e 7,2 milhões (19,2%) na condição de sócio ou proprietário.

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