Sarkozy, durante discurso em Davos, na Suíça| Foto: Reuters

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, criticou a globalização, a manipulação do câmbio, a especulação irresponsável e os salários "indecentes" no setor financeiro em seu discurso de abertura do Fórum Econômico Mundial, neta quarta-feira (27). Sarkozy também apoiou o plano do presidente norte-americano, Barack Obama, para restringir o tamanho e as operações dos bancos dos EUA.Sarkozy disse a uma ampla audiência de empresários a políticos que o capitalismo precisa se tornar menos consensual, que os banqueiros devem se concentrar nos empréstimos e reduzir seus salários e que os países que deliberadamente desvalorizam suas moedas podem desencadear uma resposta protecionista.

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Mais do que tudo, Sarkozy destacou a necessidade de redefinir e reinventar o capitalismo e a globalização. A crise financeira e a recessão econômica que se seguiu foram, segundo ele, "não foi só uma crise global, mas uma crise na e da globalização".

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Ele usou o discurso para desenvolver um de seus temas favoritos, a emergência do Grupo dos 20 como um formato adequado de governança global. "O G-20 prefigura a governança planetária do século 21".

O presidente francês renovou seus ataques às "manipulações monetárias" em geral e à supremacia do dólar em particular. "Isto não pode ser; temos um mundo multipolar e uma única moeda mundial", afirmou. "Precisamos um novo Bretton Woods", disse, em referência ao sistema de câmbio fixo, mas variável, estabelecido depois da Segunda Guerra.

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