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A balança comercial do estado deve amargar saldo negativo no segundo semestre deste ano, repetindo o mesmo cenário de 2011. Isso porque, tradicionalmente, os embarques de soja, que alavancam as exportações do estado na primeira metade do ano, diminuem substancialmente a partir de agosto.

Neste ano, a situação é ainda mais problemática, segundo Eugênio Stefanello, especialista da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no Paraná. "Como os preços das commodities ficaram muito altos até meados do primeiro semestre de 2012 foi recomendado aos produtores que vendessem a soja antecipadamente", afirma. Tradicionalmente, apenas 10% deles costumam antecipar as vendas, mas neste ano aproximadamente 25% dos produtores fecharam negócios antes da colheita. Além disso, a quebra da safra em alguns estados, inclusive no Paraná, foi compensada pelo aumento dos preços do produto no mercado internacional. "O Paraná produziu 4 milhões de toneladas a menos. Sem dúvida isso vai afetar a balança no segundo semestre". Stefanello estima que mais de 95% da safra paranaense já foi embarcada.

Milho

A boa notícia pode vir das exportações de milho. Com a expectativa de safra brasileira elevada e de quebra da safra americana – que teve perda de 46 milhões de toneladas de junho para julho – o mercado internacional já voltou os olhos para o Brasil. "Em duas semanas, as trades internacionais já compraram 2 milhões de toneladas de milho do Brasil, que tem condições de exportar até 15 milhões de toneladas do grão". No Paraná, a projeção é de uma safra anual próxima de 16 milhões de toneladas, com 10 milhões destinados ao consumo interno e 6 milhões disponíveis para a exportação. Em duas semanas, o preço da commoditie no estado passou de R$ 20,80 a saca para, em média, R$ 24,60 ao produtor. No Porto de Paranaguá, a saca de milho já atingiu R$ 34, R$ 6 a mais que o preço anterior.

No entanto, mesmo que as exportações de milho batam recordes no segundo semestre, isso não será suficiente para reverter o déficit da balança paranaense. "O volume de exportações nos complexos de carnes, sucroalcoleiro, automobilístico e madeireiro não tem sido suficientes para reverter o saldo da balança paranaense", diz Stefanello.

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