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No dia em que a paralisação da máquina federal americana completa uma semana, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, endureceu seu discurso contra o Partido Republicano, que insiste em travar o projeto de lei que trata do orçamento para o ano fiscal 2014 -iniciado em 1º de outubro.

Parlamentares do partido oposicionista ao governo de Obama, principalmente membros da Câmara dos Representantes, afirmam só liberar o projeto de lei caso seja negociado o adiamento do início do novo sistema de saúde do país, apelidado de ObamaCare.

Em pronunciamento hoje, na Casa Branca, Obama disse que os republicanos não exercem uma oposição séria e instou John Boehner, o líder da maioria republicana na Câmara, a deixar de lado as desculpas e partir para colocar um fim na paralisação do governo.

"Não descarto debater nenhum assunto, mas não aceito ameaças", disse o presidente americano, em referência à exigência dos republicanos de negociarem o ObamaCare, que entrou em vigor no dia 1º.Bomba nuclear

Segundo Obama, a falta de um acordo orçamentário e a questão do teto da dívida é visto por todos, inclusive pelos mercados financeiros, como algo insano e catastrófico.

"Warren Buffet definiu os possíveis efeitos como uma bomba nuclear", disse o mandatário.

"Estamos falando da confiança nos Estados Unidos. Não haverá negociação séria enquanto as partes extremas do partido republicano não pararem de pressionar", afirmou.

O presidente também reiterou que o país vai atingir o limite do teto da dívida em 17 de outubro e se não houver um acordo o governo não terá como honrar seus compromissos financeiros pela primeira em 200 anos.

Segundo ele, as consequências para a economia serão catastróficas e os Estados Unidos podem entrar em uma recessão severa, com prejuízos para a economia local e global.

O presidente dos EUA ressaltou que vem discutindo sobre o orçamento e a ampliação do teto da dívida com os congressistas desde o início do ano, mas que 19 propostas feitas pelos senadores democratas já foram rejeitadas.

"Os republicanos deixaram as negociações para o último minuto com o intuito de forçar concessões unilaterais", afirmou, acrescentando que, até o momento, a falta de postura responsável da oposição impede um desfecho positivo para a questão.

Obama lembrou que teve de cancelar uma série de reuniões agendadas para esta semana na Ásia por causa do impasse nos Estados Unidos, e espera resolver a questão em breve. "Faz parecer para outras nações que não agimos juntos", disse.

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