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A próxima safra de cana-de-açúcar do Centro-Sul deve sofrer uma quebra em função da forte estiagem que atinge a região. A afirmação é do engenheiro agrônomo Marco Antonio dos Santos, da Somar Meteorologia. Segundo ele, mesmo que o período entre novembro de 2010 e março de 2011 seja chuvoso, as perdas já são irreversíveis. Segundo ele, já há perdas na atual safra 2010/11, que aparecerão nas lavouras colhidas nos próximos dois meses.

A quebra na safra de cana tende a elevar os preços do etanol em 2011 e, com isso, reduzir a demanda pelo combustível – existe o risco, portanto, de que seu consumo caia pelo segundo ano seguido. A disparada das cotações dos primeiros meses de 2010 provocou a primeira retração no consumo de etanol em cinco anos. Com motoristas de vários estados optando por abastecer os carros flex com gasolina, as vendas de álcool no Brasil entre janeiro e julho caíram 14% em relação a igual período de 2009, ao passo que o consumo de gasolina subiu 19%. No Paraná, onde a alta dos preços do etanol foi menos acentuada e mais breve, o consumo do combustível se manteve em alta – subiu 7,3%.

Colheita

O tempo seco, por outro lado, vem favorecendo a colheita em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e em Mato Grosso do Sul. Nessas regiões, o volume de cana processado já supera as 390 mil toneladas, volume 20% superior ao verificado no mesmo período do ano passado. Em um primeiro momento, a baixa umidade favorece a produtividade das lavouras – a concentração de açúcar total recuperável (ATR) neste ano está 5,5% superior à do mesmo período do ano passado, com 138,3 quilos de ATR por tonelada de cana.

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