Segunda usina de biodiesel está prestes a operar

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O início da produção de biodiesel do Paraná está se concentrando em Rolândia, no Norte do estado. Na última semana, a Biopar – Bioenergia do Paraná obteve licença de operação junto ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP), último documento exigido pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) para fabricação do biocombustível. A previsão é de que a produção comece neste semestre. Será a segunda empresa do município e de todo o estado a transformar produção vegetal em combustível. Há quatro anos, a pioneira Biolix vem produzindo biodiesel em baixa escala.

O diretor industrial da Biopar, o engenheiro químico Nivaldo Tomazella, acredita que até o fim de junho a licença de funcionamento seja aprovada pela ANP. Por enquanto, a usina opera em fase de testes. "Estamos buscando mercado para o produto. Se houver um novo leilão para venda para a Petrobrás, vamos participar. Enquanto isso, estamos fazendo contato com empresas de comércio exterior, para exportar a produção", diz. A usina foi montada em uma fábrica desativada de óleo, arrendada por três empresários da região. Os nomes não foram divulgados. "Estamos ao lado da linha ferroviária e em uma região produtora de matéria-prima", afirma Tomazella. A capacidade de produção da usina é de 120 mil litros de biodiesel por dia. A empresa não informa o valor do investimento.

Os planos da Biopar são de utilizar como matéria-prima o óleo de soja ou sebo animal. Bem perto de começar a produzir, a empresa ainda espera incentivos do governo. "Se não houver redução de impostos, produzir biodiesel custará muito caro", avalia o engenheiro químico.

Também em Rolândia, a pioneira Biolix, apesar de ter autorização para produção de até 1 milhão de litros por mês, vem fabricando o biocombustível apenas para uso na frota de veículos do proprietário da empresa, Antônio dos Reis Félix. Para baratear custos, a usina utiliza nabo forrageiro, matéria-prima mais barata que a soja. Uma terceira empresa está iniciando o trâmite burocrático para instalação em Rolândia, avisa o secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Jorge Carlos Lehmann.