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A vice-primeira-ministra espanhola Maria de la Vega: “convencida da importância” | Dani Pozo/AFP
A vice-primeira-ministra espanhola Maria de la Vega: “convencida da importância”| Foto: Dani Pozo/AFP

Mudanças

Veja as principais medidas do governo espanhol para tentar reduzir o número de desempregados no país. A taxa de desemprego chega a 20% da população economicamente ativa e é a mais alta da zona do euro:

Rescisão

O governo reduziu o número de dias pagos em rescisões de contratos. Agora, em caso de demissão, o trabalhador receberá 33 dias por ano trabalhado, menos do que os 45 em vigor atualmente. Deste total, o Estado pagará oito dias, desde que a demissão não tenha ocorrido por justa causa.

Fundo

Para o pagamento das indenizações, o governo propôs a criação de um fundo de capitalização para as empresas, também conhecido como "modelo austríaco". Essa proposta não foi incluída no decreto de ontem e deve ser apresentada separadamente.

Justificativa

A justificativa das empresas para demitir se tornará mais simples, bastando que a organização apresente provas de que teve resultado negativo nos últimos seis meses.

Temporários

O governo quer limitar os contratos temporários e incentivar os contratos de longo prazo. Para isso, vai adaptar a legislação espanhola para que as empresas possam ter maior flexibilidade, como redução da jornada de trabalho em até 70% e ajustes temporários de salários. Seria uma forma também de evitar demissão.

Em meio à forte pressão internacional para reduzir o déficit público, o primeiro-ministro da Es­­pa­­nha, José Luiz Rodriguez Zapatero, publicou ontem a reforma das leis trabalhistas no país, aprovada sem acordo com sindicatos e empregadores. Anterior­mente, ele havia dito que não publicaria a reforma sem o consenso das entidades trabalhistas. O decreto busca encorajar contratações, ao reduzir os custos de demissões e simplificar o processo coletivo de negociação salarial. O governo está anunciando esta reforma, convencido de sua importância e consciente de suas próprias responsabilidades", afirmou a vice-primeira-ministra espanhola, Maria Teresa Fernandez de la Vega.

Preocupações

No mês passado, a União Euro­­peia e o Fundo Monetário Inter­­na­­cional (FMI) fecharam um pa­­cote de proteção financeira de 750 bilhões de euros destinado, em parte, a acalmar as preocupações dos investidores quanto às dí­­­vidas soberanas da Espanha e de Portugal, já que a crise financeira deflagrada na Grécia começava a atingir outros países em situação fiscal frágil. Em resposta, as entidades solicitaram a Es­­pa­­nha e Portugal que adotassem cor­­tes orçamentários estritos e fi­­zessem reformas econômicas. O FMI diz que a Espanha precisa de uma reforma "radical" das leis trabalhistas para reduzir a ta­­xa historicamente alta de de­­semprego. O decreto será submetido à aprovação do Parlamento em 22 de junho.

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