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O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, que lidera as negociações com os republicanos com relação ao "abismo fiscal", disse neste domingo que sem alta de impostos a ricos não haverá acordo.

Geithner pediu aos republicanos para que propusessem uma contra-oferta para o plano definido pela administração do presidente Barack Obama.

"Se os republicanos não querem um aumento de impostos no mesmo nível do que havia durante o governo de Clinton (anos 1990), não haverá um acordo", reiterou Geithner.

Os Estados Unidos precisam resolver com urgência a questão do "abismo fiscal", uma medida repleta de austeridade para diminuir o colossal déficit público e que afetará os norte-americanos a partir de 2 de janeiro caso não seja alcançado um acordo no Congresso entre republicanos e democratas.

O chefe republicano da Câmara de Representantes, John Boehner, havia classificado a proposta do governo de Obama de aumentar impostos das classes acomodadas como "ridícula". Nela se estimava, segundo os republicanos, que haveria 1,6 trilhão de dólares em arrecadações suplementares e apenas 400 bilhões em cortes de gastos.

"Apelamos (aos republicanos) para que se unam a nós para fazer algo positivo para a economia", disse Geithner, afirmando que isso "exigirá a realização de cortes nos gastos e não somente aumentar os impostos de 2% dos norte-americanos mais ricos".

Os democratas defendem uma política orçamentária que combinaria aumento de impostos para os mais ricos junto a cortes no gasto.

Os republicanos, por sua vez, querem atacar o déficit do orçamento cortando os gastos, especialmente os programas sociais, mas sem aumentar as taxas de impostos aos mais ricos.

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