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Luiz e Aparecida: mau momento para comprar e pagar as dívidas | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
Luiz e Aparecida: mau momento para comprar e pagar as dívidas| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo
  • Veja como está a confiança em relação à situação socioeconômica do Brasil

A Região Sul é a mais otimista do Brasil em relação à situação socioeconômica brasileira, e é onde as pessoas têm menos medo de perder o emprego. As conclusões fazem parte do Índice de Expec­tativas das Famílias (IEF), divulgado ontem pelo Instituto de Pes­quisa Econômica Aplicada (Ipea).

Enquanto o Brasil registra 62,73 pontos no índice de otimismo – que vai de 0 a 100 –, o Sul marca 65,70 pontos, o maior desempenho entre as macrorregiões brasileiras. A região se destaca ainda mais em relação à segurança no emprego: 91,75% dos chefes de família do Sul afirmam não temer a perda do trabalho ou ocupação remunerada, ante 73% da média nacional. Para Marcelo Curado, economista da Universidade Federal do Para­ná, a liderança sulista acompanha o estágio atual da economia na região, que, embora cresça menos, tem índices socioeconômicos consolidados. "Como o nível de vida médio já é superior ao do resto do país, talvez esta boa posição tenha um efeito cumulativo em relação às percepções econômicas. O cidadão do Norte e do Nordeste está vendo a economia de suas regiões crescer, mas ainda há uma série de carências a superar", analisa.

Curado relaciona os resultados da pesquisa do Ipea ao momento atual da economia. "Os números estão refletindo variáveis que a gente conhece, demonstrando uma situação de conforto econômico que a população já sente", afirma.

Consumo

A Região Sul, no entanto, está menos ávida por consumir bens duráveis: 46,13% dos entrevistados afirmam que agora é um bom momento para este tipo de compra, frente a 63,94% no Nordeste. A auxiliar de enfermagem Aparecida Guimarães está no grupo dos menos otimistas. A chefe de família afirma que, ao menos para ela, este não é um bom momento para adquirir bens de consumo duráveis. "Sempre é bom comprar, mas para mim na situação atual não dá", diz. Para ela, a quitação de contas atrasadas no próximo mês também vai ser complicada. "A taxa de juros está muito alta."

A auxiliar de enfermagem, que mora com o marido, Luiz da Silva, uma filha de 37 anos e uma neta de 18, afirma não ter grandes expectativas em relação ao futuro da economia brasileira. "Para que a situação econômica do país melhore, eu acho que precisaria haver uma reformulação na economia e nos políticos que cuidam disso", avalia. O IEF é calculado a partir de pesquisa feita em 3.810 residências de 214 municípios.

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