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O vazamento constante de notícias "do que se comenta na Coreia" está contribuindo para debates sobre a possibilidade de um colapso do governo. As notícias que os informantes es­­tão reforçando provavelmente não respondem a perguntas sobre o programa nuclear ou a sucessão do poder no país. Não há evidências até agora de que essas novas fontes tenham qual­­quer acesso à elite militar ou à cúpula governamental da Coreia do Norte.

Os próprios informantes con­­tinuam sendo de uso limitado para atividades de espio­­na­­gem dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, em parte por que o Norte não tem ampla rede de telefonia móvel, o que torna fácil para as autoridades escutar chamadas, e difícil para os espiões informar eventos em tempo real.

Como explicou um oficial americano de inteligência: "Você não vai encontrar o projeto de urânio da Coreia do Nor­­te a partir desses caras". Assim, os métodos tradicionais de coleta de dados de inteligência – imagens via satélite, telefone e intercepção de computadores, além de informantes e agentes do serviço de inteligên­cia da Coreia do Sul – continuam sendo as principais fontes de informação.

Mesmo assim, o site parece ter causado alguns danos. As agências de espionagem da Co­­reia do Norte, que quase nunca admitem fraqueza, recentemente alertaram que "o esquema da Coreia do Sul para derrubar nosso sistema, empregando todos os métodos e formas de espionagem, está se espa­lhan­­do, da periferia do nosso território até o interior".

Eles prometeram retaliação, especialmente contra "o lixo humano", aparentemente uma referência aos norte-coreanos que traíram o código de silêncio de seus líderes, seja por princípio ou para obter um complemento para seus salários miseráveis.

As redes de informantes fa­­zem parte de uma mudança mais ampla na coleta de informações de inteligência enraizada nas fraquezas do Norte. O primeiro marco veio na década de 1990, quando a fome causada por um colapso no sistema socialista de racionamento le­­vou desertores para fora do país, para os braços das agências de inteligência sul-co­­reanas e americanas. A fo­­me também levou a Coreia do Norte a per­­mitir que co­­merciantes cruzassem a fronteira com a China para trazer comida, deixando-os vulneráveis a agentes estrangeiros, à mídia e, mais recentemente, às intenções de desertores e ativistas de forçar mudanças na Coreia do Norte.

O primeiro dos sites foi criado há cinco anos. Hoje, já são cinco. Pelo menos três deles re­­cebem algum tipo de financiamento do Congresso dos Esta­­dos Unidos, através da Doação Nacional para a Democracia.

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