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O presidente dos Estados Unidos Barack Obama fala à  imprensa no jardim da Casa Branca, em Washington. Obama anunciou nesta terça-feira que a lei de dívida que ele irá assinar é um importante primeiro passo para assegurar que o país viva dentro de suas possibilidades | REUTERS/Jason Reed
O presidente dos Estados Unidos Barack Obama fala à imprensa no jardim da Casa Branca, em Washington. Obama anunciou nesta terça-feira que a lei de dívida que ele irá assinar é um importante primeiro passo para assegurar que o país viva dentro de suas possibilidades| Foto: REUTERS/Jason Reed

No último dia do prazo para que os Estados Unidos elevem seu limite de endividamento, o Senado do país aprovou, nesta terça-feira (2), o plano bipartidário formulado pelos líderes do Congresso. Na noite da segunda, o projeto havia sido aprovado na Câmara dos Representantes por 269 votos a favor e 161 contra. Para entrar em vigor, o acordo precisa apenas ser sancionado pelo presidente Barack Obama.

O processo para que republicanos e democratas conseguissem fechar um acordo foi "bagunçado e levou muito tempo", nas palavras do próprio presidente Barack Obama. Na noite do último domingo, Obama fez um pronunciamento para dizer que os líderes dos dois partidos haviam chegado a um acordo para elevar o limite da dívida dos Estados Unidos e evitar um default (termo técnico para "calote").

A primeira parte do acordo vai cortar cerca de US$ 1 trilhão nos próximos dez anos, segundo explicou Obama durante pronunciamento feito no domingo.

O presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, detalhou que a proposta prevê um corte de US$ 917 bilhões nos gastos domésticos ao longo de dez anos, além da formação de uma comissão para definir mais US$ 1,5 trilhão em redução de gastos até novembro.

Com a elevação do teto da dívida, o país pode pegar novos empréstimos e cumprir com pagamentos obrigatórios. Em maio, a dívida pública do país chegou a US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões), que é o valor máximo estabelecido por lei. Nos EUA, a responsabilidade de fixar o teto da dívida federal é do Congresso.Votações

A votação ocorrida na segunda-feira na Câmara dos Representantes foi a terceira em menos de duas semanas na busca de um acordo para a redução do déficit orçamentário do país e elevação do limite de endividamento do governo federal.

Na última sexta-feira, a Câmara aprovou um plano republicano, formulado por John Boehner, sobre o assunto. A votação deveria ter ocorrido na quinta-feira, mas foi adiada pelo temor de que não haveria votos suficientes para aprovar as medidas. Poucas horas depois da aprovação na Câmara, o projeto foi rejeitado no Senado, de maioria democrata.

No dia 19, um primeiro plano republicano também havia sido aprovado na Câmara, mas foi rejeitado no Senado, onde não chegou nem a ir a votação.

Credibilidade

A luta contra o tempo do governo dos Estados Unidos visava preservar sua credibilidade de bom pagador. Sem um acordo até a meia-note desta terça (1h, horário de Brasília), o país poderia ficar sem dinheiro para pagar suas dívidas: ou seja, havia o risco de calote - que seria o primeiro da história americana.

Obama

Em pronunciamento feito no domingo, Obama agradeceu ao povo americano por "vozes, e-mails, twitts" que pressionaram os políticos.

O presidente dos Estados Unidos destacou que, como resultado do acordo fechado, "os EUA terão o nível mais baixo de gastos domésticos anuais desde que Eisenhower foi presidente", mas ressalvou que ainda assim, é "um nível de cortes que permite fazer investimentos na criação de empregos, educação e pesquisa". "Também asseguramos que esses cortes não acontecessem de forma tão abrupta. A solução definitiva para o déficit precisa ser equilibrada", acrescentou o presidente.

O líder americano afirmou ainda que apesar da opinião de "alguns republicanos", será necessário "pedir aos americanos mais ricos e às maiores empresas para abrir mão de benefícios fiscais".

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