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A quantidade de cheques devolvidos por falta de fundos permanece em nível elevado no Brasil, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (17) pela Serasa Experian. O levantamento aponta que 1,792 milhão de cheques foram devolvidos em maio, o equivalente a 2% do total de cheques compensados no período. O resultado repete o mesmo porcentual de cheques devolvidos em abril e está acima do porcentual de maio de 2010, quando o nível foi de 1,86%.

No período de janeiro a maio deste ano, 1,93% dos cheques foram devolvidos, resultado também mais elevado que o visto no mesmo período do ano passado, quando o indicador atingiu 1,90%.

Para os economistas da Serasa Experian, apesar de a devolução de cheques em maio repetir o mesmo resultado de abril, o cenário indica uma "estabilização em patamar elevado". A entidade avalia que a manutenção do indicador em um nível alto se explica pela maior utilização dos cheques pré-datados para driblar taxas de juros mais altas e pelas devoluções decorrentes das compras para o Dia das Mães.

A Serasa Experian lembra que o maior endividamento do consumidor e as taxas de juros elevadas continuam sendo as principais razões para justificar qualquer tipo de inadimplência. Para os próximos meses, a entidade estima que o porcentual de cheques devolvidos continue alto, mesmo que ocorram leves oscilações.

O Indicador Serasa Experian de Cheques sem Fundos leva em conta a quantidade de cheques compensados - isto é, o total de cheques encaminhados para a câmara de compensação interbancária do Banco do Brasil (BB). Na compensação, o cheque pode ser pago ou devolvido. A pesquisa registra como "devolução" o cheque que voltou duas vezes por falta de fundos. Isso, para a entidade, caracteriza a inadimplência.

Os Estados com maior porcentual de cheques sem fundos devolvidos entre janeiro e maio deste ano foram Roraima (11,40%), Maranhão (9,47%) e Acre (7,58%). Todos estão bem acima da média brasileira no período, que foi de 1,93%. Os menores porcentuais foram registrados em São Paulo (1,47%), Rio de Janeiro (1,60%) e Paraná (1,63%).

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