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Setor de serviços foi o que criou mais vagas de trabalho ano passado, com 558,6 mil novos postos, segundo a Rais 2013 | Antônio More/ Gazeta do Povo
Setor de serviços foi o que criou mais vagas de trabalho ano passado, com 558,6 mil novos postos, segundo a Rais 2013| Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo

3,18% foi o aumento do rendimento médio dos trabalhadores no ano passado, descontado a inflação (3,34% no caso das mulheres e 3,18% no dos homens). Embora as mulheres com nível superior completo estejam aumentando sua participação relativa no mercado de trabalho, o maior diferencial entre rendimentos continua concentrado nesse nível de escolaridade. O salário médio das mulheres com diploma universitário equivale a 60,9% do salário médio dos homens com superior completo. O Nordeste apresenta o menor rendimento médio do país, de R$ 1,79 mil por pessoa. A Região Centro-Oeste tem o maior, de R$ 2,69 mil.

O Brasil criou 1,49 milhão de vagas no mercado de trabalho formal em 2013, impulsionado por contratações no setor de serviços e na administração pública. O número inclui tanto os trabalhadores com contrato regido pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) quanto os servidores públicos que trabalham sob regime especial e têm estabilidade (estatutários).

O número de vagas formais cresceu 3,14% em relação a 2012, segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho. O resultado de 2013 foi o segundo mais fraco em dez anos, ganhando apenas de 2012, quando foram criadas 1,15 milhão de vagas.

Segundo o ministro Manoel Dias, o crescimento mais fraco da economia em 2013 contribuiu para a expansão mais moderada nas contratações no mercado formal. Dias também atribuiu o resultado mais modesto ao fato de que a oferta de mão de obra no Brasil parece estar próxima de seu limite.

"A necessidade de geração de novos postos se desfaz à medida que você atinge o pleno emprego", afirmou.

Dados referentes aos primeiros seis meses do ano apontam a continuação do cenário de enfraquecimento do mercado de trabalho. O ritmo mais lento vem após anos de forte geração de vagas, principalmente para postos de menor qualificação. Mas o governo trabalha com a perspectiva de melhora no mercado de trabalho no segundo semestre.

Se não fosse a geração mais forte de vagas na administração pública, o resultado de 2013 teria sido pior. Conforme o ministro Manoel Dias, parte dessa expansão se deveu à mudança de governos municipais em 2013, que estimulou a contratação de servidores públicos (nem todos sob o regime estatutário) nas prefeituras. "Houve a renovação, nomeação de cargos de confiança, secretários", afirmou.

Novos postos

O estoque de mão de obra empregada atingiu 48,9 milhões em 2013, de acordo com a Rais. O setor que mais criou vagas no ano passado foi o de serviços, com 558,6 mil novos postos. A administração pública veio em segundo lugar, com a geração de 403 mil novos postos.

O comércio gerou 284,9 mil empregos, a indústria de transformação criou 144,4 mil, e a construção civil, 60 mil vagas.

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