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A receita nominal do setor de serviços registrou um crescimento de 1,1% em maio frente a igual mês do ano anterior, anunciou nesta quinta-feira (16) o IBGE. O resultado de maio passa a ser o segundo menor da série histórica iniciada em 2012 — que era ocupado até então por abril (1,7%) —, atrás apenas do 0,9% de fevereiro. Pelos dados do IBGE (que não levam em conta a inflação), no ano, a taxa acumulada atingiu 2,3%. Em 12 meses, a alta é de 3,8%.

Na comparação com maio do ano passado, três dos cinco segmentos pesquisados registraram variações positivas: serviços profissionais, administrativos e complementares (5,5%); transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (0,8%); e outros serviços (0,3%). Já serviços prestados às famílias (-1,4%) e serviços de informação e comunicação (-0,8%) registraram variação negativa.

As principais contribuições positivas à taxa global da pesquisa foram serviços profissionais, administrativos e complementares (1,2 ponto percentual); transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (0,3 ponto percentual); outros serviços não contribui para a taxa, enquanto serviços prestados às famílias (-0,1 ponto percentual) e serviços de informação e comunicação (-0,3 ponto percentual) tiveram contribuíram negativamente.

Recuo

O segmento de serviços prestados às famílias recuou 1,4% frente a igual mês do ano anterior, contra crescimento de 1,2% de abril e de 2,5% em março. Foi a primeira variação nominal negativa desde janeiro de 2012. No ano, há uma expansão de 3,6% e de 5,9% em 12 meses. Alojamento e alimentação e outros serviços prestados às famílias caíram 1,6% e 0,6%, respectivamente.

Segundo o IBGE, a redução do poder aquisitivo da população ocupada em relação a maio do ano passado, devido à queda de 5% no rendimento médio real habitual e de 5,8% na massa de rendimento médio real habitual, e alta nos preços da alimentação fora do domicílio acima da média global do IPCA de maio, contribuíram para que os serviços prestados às famílias tivessem a primeira variação nominal negativa da série histórica.

Os serviços de informação e comunicação recuaram 0,8%, em maio, na comparação com igual mês do ano anterior, frente a uma queda de 0,1% em abril e alta de 2,9% em março. No ano, o segmento acumulada leve alta de 0,2% e, em 12 meses, 1,1%. Os serviços de tecnologia da informação e comunicação-TIC subiram 0,9%. Por causa dos cortes de despesas em publicidade e propaganda de empresas e dos governos federal, estaduais e municipais, os serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias, apresentaram registraram forte variação negativa de 10,2%, em especial nas atividades de TV aberta.

Importante para o PIB

Primeiro indicador conjuntural mensal que investiga o setor de serviços no país, a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) inclui as atividades do segmento empresarial não financeiro, exceto os setores de saúde, educação, administração pública e aluguel imputado — o valor que os proprietários teriam direito de receber se alugassem os imóveis onde moram.

O setor de serviços é um dos mais importantes na composição do Produto Interno Bruto (PIB), respondendo por cerca de 60% do chamado lado da oferta — formado também por indústria e agropecuária. O setor fechou 2014 com alta acumulada de 6%, a menor da série histórica. Em 2012, o faturamento dos serviços avançou 10% e, em 2013, 8,5%.

Como a pesquisa é recente, o IBGE ainda não divulga números oficiais descontando a inflação. Com isso, os dados mostram apenas o aumento do faturamento, e não o avanço do volume de vendas.

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