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Lago de Itaipu - Produção anual é de 6,2 mil t

Os projetos de produção pesqueira implantados no lago de Itaipu, no Oeste do estado, são estratégicos para o país. A avaliação foi feita ontem pelo ministro Altemir Gregolin. Três parques aqüícolas no reservatório foram licenciados até agora. "Só a barragem de Itaipu mais do que dobra a produção do estado. Neste contexto, é importante, pois possui potencial de geração de trabalho e renda", avaliou.

Como informou o coordenador dos programas de pesca da binacional, Pedro Tonelli, a produção no lado brasileiro do reservatório era de apenas 700 a 800 toneladas por ano. Com a implantação de tanques-rede e a criação de espécimes confinados nestas estruturas, a produção foi elevada para 6,2 mil toneladas anuais.

"Temos mais 15 braços do reservatório ainda não licenciados, a estimativa é multiplicar por 12 (a produção) se usarmos até 1% da lâmina da água".

Chefe de uma das 200 famílias já atendidas, o pescador Clemente Bogo, da Colônia Z11, em São Miguel do Iguaçu, utiliza tanques há cinco anos, após ter usado apenas redes por 19 anos. "Para mim modificou muito, pois quando entra a piracema [quando os peixes sobem o rio para acasalar], sempre tenho algo a fazer".

Dependendo do tratamento dado aos peixes, Bogo obtém até 400 quilos de pacu por mês nos tanques de sua propriedade, o que resulta em lucro de aproximadamente R$ 400. (NF)

Foz do Iguaçu – O ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap) da Presidência da República, Altemir Gregolin, se comprometeu ontem a buscar soluções para o desenvolvimento do setor pesqueiro no Paraná. A promessa foi feita no encerramento do 1.º Encontro das Colônias de Pescadores do Paraná, em São Miguel do Iguaçu (Região Oeste), no qual foram apresentadas 18 reivindicações da atividade.

A Federação das Colônias de Pescadores do Estado pede que seja diminuído de uma para meia milha o limite de pesca de camarão no litoral com barcos com motores de menor potência. Também foi pedida a liberação de construção de casas próximas a baías, subsídio ao óleo diesel e repasse da parte dos royalties pagos pela Petrobrás aos municípios do litoral.

Para a pesca em água doce, as reivindicações vão desde a liberação do Rio Tibagi e de lagos próximos à represa Capivara (no Norte do estado) para a pesca profissional – suspensa desde 2004 –, a intervenção para a construção de um canal de migração na usina de Yacireta – instalada no Rio Paraná, entre o Paraguai e a Argentina – até o fornecimento de subsídios para compra de ração e equipamentos.

O ministro Altemir Gregolin evitou responder os questionamentos um a um, mas assumiu compromisso de avaliar os pedidos e encontrar soluções. Mesmo assim, lembrou que algumas das propostas devem ser tratadas com o governo federal e outras com o governo do estado. "São questões que serão discutidas. Em relação aos royalties, vamos dialogar com a Petrobrás. Enquanto isso não acontece, temos de fazer parcerias como as que já temos em outros estados", respondeu.

O atendimento das reivindicações, complementou, depende também da atuação da federação junto a parlamentares, para que sejam apresentadas emendas ao orçamento. A Seap, reforçou o ministro, já tem investido na agricultura familiar voltada à piscicultura, implantado programas de transferência e subsídios ao óleo diesel e a fábricas de gelo. "Há outros investimentos que já estamos fazendo ou que pretendemos fazer para os próximos quatro anos", disse Gregolin.

Após a reunião entre o ministro e a federação de pescadores do estado, sete colônias de pescadores situadas na margem brasileira do lago de Itaipu receberam sistemas de transporte de peixes vivos e equipamentos de informática, no valor de R$ 720 mil, doados por meio de parceria entre a Seap e a hidrelétrica Itaipu Binacional.

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