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O Sicredi, um dos maiores sistemas de crédito cooperativo do país, dobrou a sua carteira nos últimos cinco anos no Paraná. O volume de recursos administrados saltou de R$ 1,4 bilhão em 2005 para R$ 3,3 bilhões em 2010. Na comparação com o exercício anterior, o crescimento foi de 29%, segundo balanço anual do sistema divulgado ontem. Com isso, o Sicredi elevou de 10,4% para 12,5% a sua participação no mercado financeiro (depósitos à vista e a prazo) do interior do estado.

O presidente da Central Sicredi-PR e da Sicredi Parti­­cipações, Manfred Dasenbrock, explica que a capilaridade do sistema é muito grande porque no interior as unidades atuam como cooperativas de livre admissão de associados. Se­­gundo ele, em 73 dos 399 municípios paranaenses o Sicredi é a única instituição financeira presente na cidade. "Já na capital, por causa de limitações legais, a atuação ainda é segmentada e a participação é menor", pontua. No total, a central paranaense reúne 25 cooperativas singulares em 284 municípios do Paraná, norte de Santa Catarina e sul de São Paulo, com 349 pontos de atendimento.

Agronegócio

"2010 foi um ano muito positivo", comemora o presidente. O bom resultado, esclarece, veio na esteira de um aumento de 25% nas operações de crédito do sistema, que movimentaram R$ 2,5 bilhões no estado no ano passado. Mais da metade desses recursos foi injetada no agronegócio. O crédito concedido pelo Sicredi ao setor rural paranaense somou R$ 1,3 bilhão em 2010, 29% a mais que em 2009, e foi puxado por operações de custeio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Segundo o dirigente, um produto que vem obtendo performance positiva desde o seu lançamento, em fevereiro de 2009, e que impulsionou o crédito rural em 2010 foi a caderneta de poupança, que registrou crescimento de 30% no volume aplicado no ano passado. Dos R$ 500 milhões captados, 70% (R$ 300 milhões) foram redirecionados ao custeio agrícola das safras 2009/10 e 2010/11.

Dasenbrock credita os resultados positivos obtidos em 2010 à expansão do número de associados ao sistema. Em um ano, o Sicredi-PR ganhou 53 mil novos cooperados, elevando a sua base de associados a 370 mil pessoas. "A grande vantagem é que, diferentemente de um banco comum, aderir ao Sicredi significa não só abrir uma conta bancária, mas também se associar ao sistema e colher os frutos do sucesso", diz. Ele explica que a diferença fundamental entre um banco comum e uma cooperativa de crédito é que o associado precisa colocar capital no negócio e passa a ter direito a voto nas assembleias que decidem o futuro da instituição e recebem parte dos lucros, ou sobras, de cada ano de atividade. No ano passado, as sobras líquidas somaram R$ 54 milhões, além de R$ 10 milhões em juros ao capital social dos cooperados.

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