O Ministério do Trabalho havia divulgado na segunda-feira que dezembro havia sido o pior mês da história do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), com o desaparecimento de 650 mil vagas. Ontem, no entanto, o IBGE mostrou que no mesmo período houve recuo na taxa de desemprego do país, que ficou em 6,8% o menor nível da série histórica. Entenda o porquê de resultados tão díspares:
Informalidade
A Pesquisa Mensal do Emprego do IBGE contabiliza como ocupado o trabalhador que não tem carteira assinada. O Caged só utiliza dados do mercado formal de trabalho.
Sazonalidade
Em dezembro, aumentam muito as contratações temporárias no comércio, que se prepara para as vendas de fim de ano. Boa parte dessas novas vagas é sem registro e, portanto, não entra na conta do Caged. Mas elas são consideradas pelo IBGE.
Metodologia
Todas as empresas são obrigadas a comunicar ao Caged o número de demissões e admissões nos seus quadros. Já o IBGE faz pesquisa por amostragem em domicílios de seis regiões metropolitanas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre).
Período
Outra particularidade do levantamento feito pelo IBGE é que o entrevistado precisa estar procurando emprego para ser considerado desempregado. Como muitas demissões ocorreram em dezembro, algumas pessoas podem ter decidido esperar a virada do ano para buscar uma nova colocação no mercado de trabalho.
O Caged contabiliza exatamente o que as empresas informam ao Ministério do Trabalho.
Ciclo
A série histórica da Pesquisa Mensal do Emprego do IBGE mostra que sempre ocorre um salto no nível de desemprego entre dezembro e janeiro. Existem duas razões para isso:
1) os temporários de fim de ano voltam a ficar desempregados;
2) a busca por empregos é tradicionalmente intensificada no início do ano porque as pessoas tendem a pensar que, nesse período, as empresas passam a contratar mais. De acordo com o próprio IBGE, o levantamento feito em janeiro de 2009 deve refletir melhor as demissões contabilizadas pelo Caged no mês passado.
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