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Dirigentes do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística (Assibge) visitaram lideranças de seis partidos na Câmara de Deputados, em Brasília, para discutir a crise no instituto. A controversa decisão de suspender, até o fim do ano, a divulgação da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios com dados trimestrais sobre emprego e renda (Pnad Contínua), anunciada pela presidente do IBGE, Wasmália Bivar foi um dos temas tratados.

A medida levantou a suspeita de ingerência política no instituto. O anúncio veio após questionamento dos senadores Gleisi Hoffmann (PT/PR) e Armando Monteiro (PTB/PE) sobre a suposta necessidade de verificar a margem de erros em dados da pesquisa ainda este ano, e não em 2015, como previa o IBGE.

Cálculo

O questionamento leva em consideração uma lei editada no ano passado, que alterou um dos critérios de repartição do Fundo de Participação dos Estados --em vez de PIB per capita, como é atualmente, passará a considerar a renda domiciliar per capita, a partir de 2016, considerando os indicadores de 2015.

Bivar alegou, então, que seria necessário a pesquisa até o fim deste ano, para recalcular a amostra. A decisão levou a diretora de pesquisas, Márcia Quinstlr, e a coordenadora da Escola Nacional de Estatística, Denise Britz, a pedir exoneração.

Servidores do IBGE também se mostraram contrários à medida. Um grupo de trabalho foi criado para propor um novo cronograma.Segundo sindicalistas, o objetivo da ida a Brasília também foi discutir formas de fazer prevalecer o aspecto técnico na escolha dos dirigentes do instituto, o aumento do orçamento, a realização de concursos --mais de 70% dos trabalhadores devem se aposentar em, no máximo, 10 anos-- e maiores salários. "As duas pautas estão ligadas. O adiamento da Pnad Contínua reflete enfraquecimento do IBGE", diz Ana Magni, diretora do sindicato. O roteiro continua amanhã, quando eles devem também ir ao sindicato.

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