Um protesto organizado ontem pelo Sindicato do Papel de Telêmaco Borba, nos Campos Gerais, bloqueou por 13 horas a rodovia PR 160, a poucos metros da entrada da fábrica da Klabin. A rodovia só foi liberada por volta das 18 horas depois de uma decisão judicial a favor da empresa. O protesto foi motivado pela migração do Sindicato do Papel para o Sindicato Rural de cerca de 400 funcionários, do total de 1.800, que pertencem à área de reflorestamento. A mudança deve reduzir a remuneração dos funcionários em cerca de R$ 200. A Klabin diz que a discussão sobre a transferência cabe à Justiça.
O presidente do Sindicato, Marcos Augusto Lagos, afirma que o protesto continua. "Vamos para a entrada da Klabin para impedir a entrada dos caminhões de madeira. Nem adianta carregar o caminhão no mato, porque não vai poder entrar", disse. A assessoria de comunicação da fábrica informou que a manifestação não trouxe reflexos para a unidade. Os funcionários puderam entrar na empresa usando o antigo bonde.
A pista foi fechada às 5 horas. Por volta das 12 horas, havia quatro quilômetros de fila nos dois sentidos. Um acordo entre os sindicalistas e a Polícia Rodoviária permitiu a passagem de cinco carros por hora além da passagem livre de ambulâncias, caminhões com perecíveis e carros com crianças ou gestantes.
O Sindicato do Papel representa os trabalhadores do corte mecanizado das árvores há 52 anos. O salário base é de cerca de R$ 800. Com a transferência para o Sindicato Rural o piso será de aproximadamente R$ 620. "É uma manobra da empresa", resumiu o presidente do Sindicato do Papel de Mogi das Cruzes, em São Paulo, Jessé Dias, que apoiava o movimento. Em nota, a Klabin informou que "a reivindicação do Sindicato dos Papeleiros de transferência de vínculo sindical de parte dos trabalhadores da empresa, hoje representados pelo Sindicato Rural, deve ser resolvida no âmbito da Justiça do Trabalho entre os dois sindicatos.
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