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A criação da Bolsa de Reciclagem tem um fundo de educação. Quando os técnicos da Fiep pensaram no modelo para compra e venda de materiais, ele se inseria em um contexto em que ainda era preciso passar informações básicas para os empresários. Um dos conceitos trabalhados pela entidade é chamado de "Três Rs" – ele é formado pelas palavras reduzir, reutilizar e reciclar. A bolsa se encaixa no terceiro tópico, pois ajuda a enviar resíduos para outras linhas produtivas.

"Mas a bolsa não deixa de lado as outras sugestões. Falamos também sobre formas de reduzir a geração de materiais sem utilidade na fábrica e sobre como reutilizar matérias-primas dentro da própria linha", diz o coordenador do Senai Adílson de Paula Souza. Entre as sugestões dadas para as companhias estão desde ajustes simples de maquinário até a revisão completa de processos.

A adoção de uma gestão mais preocupada com os resíduos ficou mais comum justamente no período em que a bolsa foi instalada. A busca de certificados internacionais voltados para o controle ambiental, como o ISO 14.000, fez com que muitas companhias tivessem de administrar melhor a geração e a reutilização dos materiais. Outro incentivo veio da prefeitura de Curitiba, que desde o ano passado exige inventário da geração de lixo nas empresas.

O uso da bolsa como instrumento para vender o que não serve mais também exige um pouco de capacitação. Ao acompanhar algumas empresas, os técnicos da Fiep notaram que muitas vezes os negócios não são fechados porque os materiais não são manuseados adequadamente – continuam a ser vistos como lixo e não como matéria-prima. Quando separados, limpos e prensados, eles são mais valorizados pelos recicladores. "Corrigir essas falhas melhora o aproveitamento dos produtos recicláveis", diz Adílson Souza.

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