O novo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, demonstrou, neste domingo, preocupação com a situação da Eletrobras, que tem até quarta-feira para apresentar documentos referentes ao seu balanço financeiro nos Estados Unidos sob o risco de ter dívidas bilionárias vencendo imediatamente.
“Amanhã vamos ter reunião com o ministro do Planejamento, um representante da Fazenda e o presidente da Eletrobrás para podermos aprofundar um pouco mais o detalhe da situação e encontrar algumas saídas. Então essa é, sim, uma questão urgente”, disse Coelho Filho.
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Leia a matéria completaEle disse que posteriormente pode levar a questão da Petrobras ao presidente Michel Temer. O ministro afirmou também que “não dá mais para repassar para as tarifas de energia elétrica nenhuma conta” nova do setor.
Mas ele deixou claro que o tema só vai ser tratado a fundo após a definição da nova equipe, nesta semana.
“A expectativa é de que, nos próximos dias, possa formar sua equipe, com a contribuição de pessoas do setor”, disse Coelho Filho, após encontro com representantes do setor elétrico.
Simpatia
Representantes de associações ligadas ao setor elétrico saíram animados do primeiro encontro com o novo ministro. Ele prometeu indicar até quarta-feira sua equipe mas admitiu que levará mais algum tempo para definir a nova direção da Eletrobras, segundo relatos de quem participou da reunião.
Segundo Mario Menel, presidente do Fórum das Associações do Setor Elétrico (Fase), os doze representantes de entidades participantes do encontro saíram de lá com uma visão positiva, pela disposição do novo presidente para o diálogo. Eles levaram a Coelho Filho um documento com demandas de todo o setor, que foram apresentadas brevemente em discursos ao ministro. “Ele disse que é a favor do diálogo e que isso é para valer”, disse Menel.
Após citar que a promessa é “para valer”, Menel lembrou experiências anteriores do governo Dilma em que as associações apresentavam suas propostas, mas não eram atendidas em deliberações, como na redução das contas de luz em 20% em 2013, que levou o setor a um colapso. “A falta de diálogo foi uma constante ao longo do tempo”, disse Menel.
Para Paulo Pedrosa, presidente da Associação Brasileira dos Consumidores de Energia Elétrica (Abrace), o novo ministro pareceu empenhado em manter o diálogo aberto com o setor empresarial. “Se o objetivo do encontro era desmistificar a vinda dele ao ministério, ele está conseguindo”, disse Pedrosa.
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