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Nada mais natural, nesta época em que não discernimos muito bem o real do imaginário, que as paixões politicas invadam o ciberespaço. O Second Life, o mundo virtual mais badalado do momento, já abriga campanhas políticas como a da candidata socialista à presidência da França, Ségolène Royal, só para citar um exemplo. O pré-candidato democrata à presidência nos EUA John Edwards também aderiu.

Mas a coisa vai além. Em artigo publicado na CNet semana passada, Caroline McCarthy revelou a existência de grupos radicais dentro do cibermundo, como o SLLA (Second Life Liberation Army), que defendem os "direitos civis" dos avatares. Esses grupos organizam "ataques" – na maioria dos casos, efeitos visuais – a eventos como o Fórum Econômico Mundial virtual ou a lojas no ambiente web. Os ataques podem até tomar a forma, segundo Caroline, de "bombas atômicas" e nem sempre são de mentirinha. Poderiam congelar temporariamente avatares de usuários ou mesmo causar paradas em servidores do SL ou computadores domésticos.

A comparação com o terrorismo vigente no mundo real é inevitável. Não por acaso, os próprios grupos radicais como o SLLA já sofrem ataques de outros avatares dentro do ambiente. Alguns desses contraprotestos são bizarros, como um que usou figuras dos SuperMario Brothers para atrapalhar a conversa da jornalista com uma ativista do grupo em questão.

É preciso lembrar que, onde há governo, há quem seja contra o governo. E, se hoje ainda não há uma presença maior de governos propriamente ditos nas comunidades do Second Life, sabe-se que alguns departamentos já andaram fazendo experiências por lá. Um deles foi o de Segurança Interna (Homeland Security) dos Estados Unidos.

Seja como for, o mundo virtual não pára de crescer. Empresas de relações públicas como a Edelman já estão nele. A Reuters tem um serviço de notícias voltado para o SL, com um correspondente-avatar chamado... Adam Reuters. Cibernotícia é o que não faltará.

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