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A empresária Gisele Carrão mostra a nova loja, que tem 14 ambientes criados por arquitetos | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
A empresária Gisele Carrão mostra a nova loja, que tem 14 ambientes criados por arquitetos| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Nova loja nos planos

Depois da inauguração da nova loja, a empresária Gisele Carrão já arquiteta outros planos. "Gostaria de ter uma loja de presentes para bebês e atendimento express no Batel e mais tarde também produzir quadrinhos para os quartos", diz. Pressa, no entanto, é algo que ela prefere não ter. "Dei um passo de cada vez pra vir do Largo até aqui."

Há quinze anos, quando as vendas de bonecos Pierrot iam de mal a pior no ponto da Feira do Largo onde trabalhava, Gisele Carrão sequer sonhava em chegar onde está hoje. Dona de uma fábrica de enxovais para bebês, a empresária está prestes a inaugurar a terceira loja de sua marca, Sonhos de Ninar, com um investimento de R$ 400 mil.

Hoje com 30 funcionários, entre costureiras, vendedoras e gerentes, Gisele e o marido Wagner Francisco da Silva multiplicaram seu faturamento mensal em duzentas vezes, comparado ao lucro que obtinha quando começou a vender enxovais na feira. Além da marca própria, que atrai futuras mães da capital e de outras cidades, as lojas da Sonhos de Ninar vendem móveis infantis e acessórios artesanais, todos selecionados sob o atento olhar da empresária.

A empreitada começou quando, ainda adolescente, Gisele foi contratada pela vizinha para ajudar na fabricação e venda de bonecos artesanais na tradicional feira do Largo da Ordem, no centro histórico de Curitiba. Após alguns anos, assumiu o ponto na feira como pagamento por alguns meses de salário atrasado.

Foi com a chegada da primeira filha do casal que ela se arriscou na fabricação de enxovais. O sucesso na feira foi imediato: eram vendidos cinco kits por semana e o número de encomendas crescia a cada domingo. "Por muitos anos, trabalhei todos os dias das oito às 23 horas. Eu fazia tudo, comprava os tecidos, criava os kits, costurava e entregava", lembra a empresária que, tinha um lucro mensal em torno de R$ 2 mil.

Em 2007, o casal investiu R$ 30 mil em sua primeira loja física, na Avenida Batel, onde Gisele dividia a área de 100 m² com uma sócia. Há dois anos, com o nascimento da filha caçula, Gisele abriu mão do ponto na feira e passou a dedicar-se à fábrica e às lojas. "O que eu gosto é de ficar aqui na confecção, criar, cortar, pesquisar inspirações e fazer ainda mais bonito", diz animada, enquanto anda entre rolos de tecidos para pegar as rendas que são a última tendência do segmento. "Tem que ter dom, sorte e trabalhar muito."

Atendimento

Já com duas lojas, no Juvevê e no Centro, o casal está prestes a abrir uma nova unidade no Batel, com cerca de 600 m² de área, onde os clientes poderão visitar uma mostra de 14 ambientes decorados por diferentes arquitetos de Curitiba. "Gosto que a cliente visualize o quarto, as combinações, sinta o cheirinho de bebê e encontre o seu estilo, é um momento muito significativo para a família", explica a empresária, que sabe indicar desde a melhor maternidade até um novo modelo de mamadeira, além de lembrar do enxoval de cada cliente mesmo depois de anos.

Gisele atribui o sucesso a sua dedicação e principalmente ao comprometimento com os clientes. Enquanto o marido é responsável pela parte administrativa, ela se aventura pesquisando tendências, criando composições e estampas exclusivas e supervisionando a produção e o cumprimento de prazos.

"Cumpro o que prometo e não meço esforços. Isso compensa porque mais tarde as clientes trazem suas amigas e até filhas para comprar". Atualmente, nos mil metros quadrados da fábrica recém-reformada, no bairro Pinheirinho, são produzidos mais de cinquenta kits de enxoval por mês.

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