A agência internacional de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) elevou a nota de crédito do Brasil de BB- para BB.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
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A agência internacional de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) elevou nesta terça-feira (19) a nota de crédito do Brasil de BB- para BB. A perspectiva para a economia foi classificada como estável. A alteração ocorre após a aprovação da reforma tributária pelo Congresso.

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"A perspectiva estável reflete a nossa expectativa de que o país realizará progressos lentos na resolução dos desequilíbrios fiscais e tem perspectivas econômicas ainda fracas, o que pode ser equilibrado por uma posição externa forte e uma política monetária restritiva que está ajudando a fazer a inflação voltar para a meta", disse a S&P, em nota.

A S&P ressaltou que a reforma tributária ajudará a enfrentar parcialmente as complexidades da economia brasileira. “A trajetória de crescimento do Brasil melhorou nos últimos anos, mas permanece mais fraca do que a dos pares dos mercados emergentes”, apontou.

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A agência ressaltou que pode baixar as classificações de rating nos próximos dois anos, caso a política econômica não seja implementada de forma satisfatória, gerando uma maior deterioração fiscal e aumento da dívida. “Uma deterioração na sinalização política também poderia reduzir os fluxos de investimentos e, com isso, enfraquecer a posição externa do Brasil”, apontou a S&P.

Em junho deste ano, a agência já havia elevado a perspectiva da nota de crédito do Brasil para positiva pela 1ª vez desde 2019. Já outra agência de classificação de risco, a Fitch, elevou a nota de crédito de longo prazo brasileira de BB- para BB, com perspectiva estável, em julho. A Fitch apontou que a mudança refletia o “desempenho macroeconômico e fiscal acima do esperado em meio a sucessivos choques nos últimos anos, políticas proativas e reformas”.

Após o anúncio da agência, o Tesouro Nacional afirmou, em nota, que a “S&P confirma a melhora da trajetória da nota de crédito diante da continuidade dos esforços empreendidos pelo governo para promover as reformas necessárias ao país e à consolidação fiscal”.

"A elevação do rating pela S&P evidencia que estamos no caminho certo, com medidas corretas que estão colocando o país na rota do desenvolvimento econômico e social sustentável", disse o secretário do Tesouro, Rogério Ceron.

O Tesouro ressaltou que os desafios fiscais apontados pela agência para a economia do país demonstram a “necessidade de redução do déficit fiscal e do endividamento público para uma continuidade da melhora da nota de crédito do país nos próximos anos”.

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Para atingir o grau de investimento, o Brasil precisa subir duas posições no ranking da S&P, ou seja, para BBB-. O melhor nível de classificação é o AAA, maior grau de investimento com alta qualidade dado aos melhores pagadores, já o menor índice é o D, dado a países considerados em situação de inadimplência.

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