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São cada vez mais frequentes os esforços de empresas jovens e que buscam inovação – as chamadas startups – para desenvolver estruturas portáteis capazes de gerar energia e independência a quem as aproveita. As propostas vêm surgindo globalmente e, por dependerem de recursos renováveis e de baixa manutenção, tendem a gerar economia.

Marcelo Gradella Villalva, engenheiro eletricista, especialista em energias renováveis e professor da Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica que, na medida em que ficam conhecidos, mais acessíveis se tornam os sistemas. “Comunidades isoladas, por exemplo, podem ser beneficiadas, mas, para serem realmente viáveis, é preciso produção em massa e apoio governamental”, defende. A seguir, exemplos pelo mundo.

Estados Unidos

A startup norte-americana Alteros Energies, criou uma usina eólica portátil voadora, que alcança 600 metros de altura e aproveita ventos de alta velocidade. A maioria atinge, em média, até 150 metros. A estrutura é formada por um balão de hélio, com turbina eólica no centro e um cabo de força que a liga até uma estação no solo. Pode ser montada em um dia e tem capacidade para abastecer 15 casas ou pequenas comunidades de países carentes em energia. Também é capaz de atender demandas urgentes em áreas de catástrofe, por exemplo.

Argentina

Dois jovens empresários de Buenos Aires criaram o Nemoi, um gerador portátil alimentado por energia eólica, que pode ser usado no campo ou na cidade. A estrutura é fácil de ser transportada e tem baixa manutenção. Dispensa o uso de torres e, para ser instalada, leva em torno de duas horas. Capta o vento em qualquer direção e tem potência de 300 watts.

Coreia do Sul

A Energia Farm, startup com foco social criada pelo coreano Akas Kim, trabalha na criação de uma bateria para o Camboja, com energia gerada pela luz do sol. Ela promete fornecer, por dia, quatro horas de eficiência energética a cada residência, que hoje, à noite, fica no escuro. A tecnologia em breve será oferecida às famílias por cerca de US$ 550, dividido em uma entrada de US$ 200 e o restante em parcelas mensais. No país asiático, apenas 57% dos moradores rurais contam com eletricidade. O projeto quer ajudar o país a atender e até superar a meta de fornecimento de energia elétrica a 70% das famílias rurais até 2030.

Rússia

Viabilizado por recursos de um site de crowdfunding (financiamento coletivo), o Evapolar, um ar-condicionado portátil, sem custos de instalação e abastecido por água deve chegar ao mercado em maio de 2016. O aparelho resfria o ambiente ao redor do usuário e foi produzido com fibra de basalto – usada em tecnologias militares russas, segundo os desenvolvedores – que o torna silencioso e impede que os componentes enferrujem e precisem ser trocados. Pesa 1,6 kg e armazena quase um litro de água. Refrigera até 17ºC, com consumo máximo de energia de 10 watts. O preço da unidade é de US$ 179, em torno de R$ 690. Será vendido no Brasil.

Inglaterra

Também por meio de um site de crowdfunding, a companhia inglesa Renovagen busca recursos para criar uma estação solar, que pode ser instalada em alguns minutos, em qualquer lugar onde haja uma superfície plana. A tecnologia Roll-Array faz com que as placas se desenrolem como um tapete e, segundo a empresa, é até dez vezes mais potente em comparação aos painéis solares transportáveis construídos até hoje. A capacidade de geração energética é de 100kWp (pico de quilowatts gerados em condições de teste) e pode, por exemplo, abastecer um hospital de pequeno ou médio porte.

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