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Austeridade

Para o presidente finlandês, Sauli Niinistö, é verdade que austeridade prejudica o crescimento, mas, por outro lado, não se pode continuar vivendo de endividamento para sempre. "Este é o problema. Os erros são feitos durante os momentos bons, como sempre ocorre. Temos de tomar cuidado com o balanço, para que seja mais positivo do que negativo. Agora temos um duplo problema: as dívidas estão aí e a economia mundial não está indo bem." O premier sueco, Fredrik Reinfeldt, completa o raciocínio: "Os países estavam livres para adotar medidas que melhorariam seu crescimento e suas finanças, o que não tem nada a ver com o euro em si".

A Finlândia mergulhou na aventura do euro e encerrou o último ano na estagnação. Já sua vizinha Suécia rejeitou a moeda única e é hoje a grande estrela da Europa: enquanto o continente afunda numa prolongada crise de dívida soberana, os suecos crescem. A fórmula seria simples se os líderes desses dois países, o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, e o premier da Suécia, Fredrik Reinfeldt, não tivessem derrubado a tese que responsabiliza a moeda única europeia pela crise na região.

Durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, o líder finlandês afirma que seu país, mesmo economicamente estagnado, está melhor hoje que antes de entrar para o euro, em 1999. A saída para a crise, diz, é a fórmula da chanceler alemã, Angela Merkel: austeridade. "O euro nos trouxe benefícios. Mas não estou certo de que a crise é um problema com o euro. É mais um problema de endividamento da zona do euro", diz Niinistö.

Ele explica que um dos motivos da entrada da Finlândia no bloco foi a segurança, o país queria claramente fazer parte do mundo ocidental. Niinistö também afirma que mesmo com a economia estagnada, a Finlândia está melhor que a média dos europeus, por ter um comércio fora da UE, com países como Rússia e China. "Se compararmos ao fim dos anos 1990, a Finlândia está muito melhor. Se é por causa do euro, essa é outra questão. O euro ajudou, mas certamente trouxe alguns problemas."

O líder sueco ressalta que não é possível um país se manter com uma dívida pública altíssima, em muitos casos acima de 100%. Reinfeldt diz que o motivo do sucesso de seu país não é o fato de estar fora do euro, mas outro: 20 anos de reformas. "Coloque as finanças em ordem, faça reformas completas e com que o trabalho seja pago, abra mercados, adote esquemas para inovação, invista em pesquisa e desenvolvimento e no sistema educacional", ensina o premier sueco.

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