18,8% foi o porcentual de famílias inadimplentes no Sudeste, o menor registrado entre as regiões brasileiras. Para a CNC, o resultado está ligado ao baixo comprometimento da renda na região, onde metade das famílias endividadas tem de 11% a 50% da renda comprometida por dívidas. Além disso, o Sudeste apresenta um perfil mais favorável de crédito, com dívidas de prazo longo, custo baixo e com garantia (especialmente financiamento de carros e imóveis).
A Região Sul registrou o maior nível de endividamento das famílias no ano passado. De acordo com os dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 76% das famílias do Sul tinham dívidas em 2013. Apesar de ser a maior taxa, inclusive acima da média nacional (62,5%), o resultado indica recuo ante o nível observado em 2012 na região (78,6%). Na outra ponta, o Sudeste apresentou o menor porcentual, com 56,3% das famílias declarando ter dívidas.
De acordo com a economista da CNC Marianne Hanson, a Região Sul enfrentou dificuldades econômicas em 2012, influenciadas por quebras de safra. Apesar de certa recuperação em 2013, isso afetou a percepção dos consumidores em relação às finanças. "As famílias do Sul se mostraram mais preocupadas. A economia da região até teve um desempenho melhor em 2013, mas carregou pessimismo de 2012", disse.
O pessimismo é tanto na Região Sul que, entre os inadimplentes, 8,8% não têm perspectiva de quitar as dívidas em atraso. "Isso quer dizer também que eles têm uma disposição menor em aumentar o endividamento", acrescentou Marianne. Apesar disso, a inadimplência na região atinge 21,9% dos endividados, patamar semelhante à média nacional (21,2%).
O estudo mostra que o cartão de crédito é o tipo de dívida mais citado pelas famílias de todo o país. As outras formas de endividamento variam de acordo com as regiões.
O carnê se destaca no Norte (45,8%) e o financiamento de carro, no Centro-Oeste, com 23,3%.
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