O superávit comercial do Brasil com a China, que somou US$ 4,55 bilhões nos seis primeiros meses de 2009, recuou 40%, para US$ 2,7 bilhões, em igual período deste ano por conta do crescimento mais forte das importações. Os números são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

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De janeiro a junho deste ano, o Brasil exportou US$ 13,46 bilhões para a China, com crescimento de 17,9% sobre igual período de 2009 (US$ 11,32 bilhões). Ao mesmo tempo, entretanto, as compras feitas no país asiático cresceram muito mais no primeiro semestre deste ano: 57,7%, para US$ 10,75 bilhões. Em igual período do ano passado, haviam somado US$ 6,76 bilhões.

O superávit comercial com a China, tendo as exportações superando as compras feitas naquele país, foi obtido pelo Brasil somente em 2009 - com o saldo positivo de US$ 5 bilhões. O ano passado foi marcado pela crise financeira internacional. Em 2007 e 2008, respectivamente, o Brasil registrou déficits de US$ 1,8 bilhão e de US$ 3,5 bilhões com a China.

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"A China se tornou a grande fornecedora mundial de eletrônicos e componentes. Não é só o Brasil que compra deles. Todo mundo compra esses produtos na China", disse o secretário-adjunto de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Fábio Faria. Enquanto compra eletrônicos da China, o Brasil vende produtos de menor valor agregado para o país asiático. São os chamados produtos básicos, como ferro, soja, celulose e couros, entre outros.

Apesar da queda do superávit comercial com a China no primeiro semestre deste ano, Fábio Faria, do Ministério do Desenvolvimento, permanece otimista e acha que o Brasil ainda registrará saldo positivo com a China em todo ano de 2010. Já em 2011, disse ele, é "difícil antecipar" o resultado das trocas comerciais.

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