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O Japão registrou superávit comercial de 300,4 bilhões de ienes (US$ 3,939 bilhões) em setembro, com exportações em alta de 2,4% sobre o mesmo mês do ano passado. Os resultados, segundo economistas, mostraram uma recuperação continuada no canal de suprimentos depois do terremoto e tsunami de março. Os dados do Ministério das Finanças, divulgados nesta segunda-feira (24), ficaram acima das previsões do mercado, que apontavam superávit de 199,5 bilhões de ienes e aumento de 1% nas exportações.

Contudo, o superávit japonês continua bem menor do que o obtido um ano atrás, com um saldo 61,2% abaixo do registrado em setembro de 2010. A cotação elevada do iene comparada às suas principais concorrentes e a desaceleração da demanda nos principais mercados, como EUA e China, pressionaram os exportadores.

O superávit menor também refletiu em parte a continuação dos preços elevados do petróleo importado e das matérias primas, que puxaram as importações para 12,1% acima dos níveis do ano passado. Esse foi o 21.º mês consecutivo de aumentos anuais nas importações.

Tendência

Já o aumento das exportações, confirmou que a economia japonesa está "no caminho para uma recuperação moderada", disse Yasunari Ueno, economista-chefe da Mizuho Securities. "Apesar da desaceleração econômica no exterior - especialmente os riscos de recessão na Europa - e a seguida força do iene, a economia não deve perder impulso e a tendência é de recuperação do emprego."

As exportações de automóveis para a Europa e de autopeças para os EUA e a China lideraram a alta nas vendas externas. Petróleo e gás natural liquefeito lideraram o crescimento das importações uma vez que o Japão vem dependendo mais dos combustíveis fósseis para a geração de eletricidade depois do acidente nuclear na usina Daiichi, em Fukushima.

No semestre fiscal de abril a setembro, as exportações tiveram queda de 3,8% em relação ao mesmo período do ano passado, para 32,810 trilhões de ienes. As importações subiram 12,1% nessa comparação, para 34,477 trilhões de ienes, dando ao país um déficit comercial de 1,667 trilhão de ienes, primeiro resultado negativo desde o semestre fiscal encerrado em março de 2008. As informações são da Dow Jones.

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