O setor público consolidado registrou em junho superávit primário de R$ 2,059 bilhões, segundo dados divulgados hoje pelo Banco Central (BC). O resultado foi superior ao de maio, que ficou em R$ 1,430 bilhão, mas inferior ao registrado em junho de 2009, quando o esforço fiscal somou R$ 3,376 bilhões. O superávit primário corresponde à economia para o pagamento dos juros da dívida pública.
Segundo o BC, o saldo fiscal de junho teve contribuição positiva do governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) de R$ 746 milhões, inferior ao superávit dos governos regionais, de R$ 1,7 bilhão. Em junho, as empresas estatais amargaram déficit primário de R$ 387 milhões, lideradas pelas companhias federais, com saldo negativo de R$ 244 milhões.
Com o resultado, a relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB) fechou o mês de junho em 41,4%. O porcentual é idêntico ao observado em maio e inferior ao número de abril, que havia ficado em 41,8%. Segundo o BC, o porcentual do mês passado equivalia a R$ 1,385 trilhão. Em dezembro de 2009, a proporção da dívida em relação ao PIB era de 42,8%.
Acumulado do semestre
O setor público encerrou o primeiro semestre deste ano com superávit primário de R$ 40,105 bilhões, o equivalente a 2,36% do PIB. Em igual período do ano passado, o esforço fiscal foi de R$ 35,255 bilhões, mas a proporção em relação ao PIB do período foi exatamente a mesma: 2,36%. De janeiro a junho de 2010, o governo central contribuiu com a economia de R$ 24,767 bilhões e os governos regionais, com R$ 15,959 bilhões. Já o conjunto das empresas estatais apresentou déficit primário de R$ 621 milhões.
No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em junho, o superávit primário ficou em R$ 69,368 bilhões, o correspondente a 2,07% do PIB. A meta fiscal é de 3,3% do PIB, podendo ser deduzida em até 0,9 ponto porcentual com os investimentos executados no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O superávit em 12 meses até junho mostrou desaceleração na comparação com o acumulado em 12 meses até maio, quando a economia fiscal foi de R$ 70,685 bilhões (2,13% do PIB).
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