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Mais altos, novos transtêineres fazem pilhas de 5 contêineres | Henry Milléo/Gazeta do Povo
Mais altos, novos transtêineres fazem pilhas de 5 contêineres| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo

Com a reforma dos equipamentos de carga e descarga e um novo sistema de gestão, o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) está carregando navios 36% mais rápido. A notícia foi dada ontem, pela manhã, por representantes da concessionária, que também confirmaram investimentos poupudos para este ano de 2012: R$ 250 milhões, entre a compra de novos equipamentos e a ampliação do cais do terminal. Com isso, um novo salto em agilidade deve acontecer nos próximos meses com a operação efetivos dos novos equipamentos, segundo o diretor superintendente do TCP, Juarez Moraes e Silva.

De 30 movimentos por hora, o terminal passou a 41 mph na comparação com as marcas de 2010. Na prática, o carregamento de um navio que exigisse 900 mph levava 30 horas e agora pode ser feito em 22 horas. Além disso, houve redução no tempo de espera para atracação (-37%) e na remarcação de datas de embarque (-44%), detalhou o diretor financeiro do TCP, Luiz Antonio Alves.

As mudanças começaram a ser implantadas depois que fundo de investimento Advent International comprou 50% do TCP, em janeiro de 2011. O número de funcionários passou para 400, com 70 contratações. A equipe de gestores foi ampliada de 6 para 15, o que teria sido crucial para estabelecer o novo ritmo de atuação.

Além de reparos na estrutura de carregamento, foram comprados dois novos carregadores com guindastes (portêineres, totalizando seis equipamentos deste tipo) e seis carregadores volantes (transtêineres, em um total de 20), além de nove caminhões (agora são 29). Esses equipamentos acabam de entrar em operação, ou seja, não foram os responsáveis pelas mudanças registradas no último ano. Mais altos, os transtêineres permitem pilhas com cinco contêineres no espaço onde eram acomodados no máximo quatro.

Os investimentos somaram R$ 51 milhões até agora. Mais oito carregadores e 12 caminhões devem ser adquiridos com R$ 60 milhões de recursos próprios do TCP. A maior parte do total de R$ 250 milhões (R$ 140 milhões) será destinada à construção de um terceiro berço, que deve entrar em operação em 2013. A obra, que ainda depende de licença de operação ambiental, vai ampliar o cais do terminal de 564 metros para 879 metros.

Os investimentos foram confirmados após aumento de 15% nas receitas, que chegaram a R$ 334 milhões em 2011, conforme balanço divulgado ontem. A movimentação cresceu 7% e atingiu a capacidade de 1,2 milhão de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) por ano. A meta é chegar a 1,5 milhão de TEUs até 2013.

O resultado das apostas do setor privado depende dos investimentos públicos na dragagem do Canal da Galheta e dos berços – que promete aumentar a profundidade de 12,5 para 14,5 metros – e na região de acesso ao porto, disseram os representantes do TCP. "Cada real que se investe aqui reflete diretamente na cadeia produtiva", argumentou Silva.

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