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Slate, o novo formato de computador que a HP pretende lançar ainda no primeiro semestre: em planejamento há cinco anos | Divulgação
Slate, o novo formato de computador que a HP pretende lançar ainda no primeiro semestre: em planejamento há cinco anos| Foto: Divulgação

O que é isso?

Tablets não chegam a ser uma novidade. O que faz diferença agora é a capacidade e o preço.

Definição

Tablet PCs são computadores totalmente funcionais, como um laptop, em um formato portátil que lembra o de uma prancheta. Os modelos antigos usavam uma caneta stylus como dispositivo apontador. Os atuais têm tela touchscreen.

História

Os primeiros modelos de tablets chegaram ao mercado no início dos anos 90. Em 1994 a Apple lançou o Newton (foto 3), cercado de expectativas mas mal-sucedido. A Microsoft lançou em 2001 uma versão do Windows adaptada a esse tipo de dispositivo – que, entretanto, só viria a atrair a atenção do público consumidor com o iPad.

Microsoft e Google serão os principais oponentes

The New York Times

Acer, Dell e Lenovo também possuem slates em desenvolvimento. A Apple, entretanto, corre riscos maiores vindos de fabricantes não tradicionais. O Google, por exemplo, já está trabalhando em conjunto com vários fabricantes de hardware para impulsionar o Android, seu sistema operacional, que foi originalmente desenvolvido para telefones celulares e é um concorrente direto do sistema operacional do iPhone. A empresa também espera criar sua própria loja de aplicativos para os novos dispositivos slate.

Todavia, o Google está indo um passo mais longe ao explorar a ideia de fabricar seu próprio slate, um e-reader que funcionaria como um computador. Eric E. Schmidt, chefe-executivo do Google, contou a alguns amigos em uma festa recente em Los An­­geles alguns detalhes sobre o novo dispositivo, que iria rodar exclusivamente o sistema operacional Android. Pessoas com conhecimento do projeto – que não querem se identificar por não terem permissão para comentar sobre o dispositivo em público – disseram que a empresa vem realizando experiências sigilosas com alguns publicadores a fim de ex­­­plorar a exibição de livros, revistas e outros conteúdos. A HP também está desenvolvendo um slate que opera com o sistema operacional Android que foi apelidado de "meio-litro", por medir seis polegadas na diagonal, menor que o iPad.

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Assim como a Apple abalou a complacente indústria da telefonia celular com o iPhone, seu último lançamento, o iPad, está forçando os fabricantes de computadores – e de outros dispositivos – a combaterem o produto com inovações.

Espera-se que o Google, que é da área de pesquisa e propaganda na internet, comece em breve a vender seu tablet, parecido como o iPad. E a Nokia, maior fabricante mundial de celulares, planeja entrar no mercado de livros digitais também lançando um leitor de livros eletrônicos (e-reader) no mesmo formato. Já a Microsoft, da área de softwares, está flertando a ideia de lançar um produto próprio nessa área, juntando-se a fabricantes de computadores tradicionais, como a Hewlett-Packard.

Em parte, essas empresas estão sentindo certa pressão para reagirem ao iPad, que começou a ser vendido no começo do mês. Entretanto, a decisão de desenvolver produtos híbridos também demonstra seu desejo em expandir os mercados e testar vários modelos de negócio e novas tecnologias.

Para os consumidores, as perspectivas são boas, visto que mais empresas estão oferecendo suas versões para um novo tipo de eletrônico, em um design livre para todos. Os produtos, que serão vendidos nos EUA por menos de 600 dólares, são acompanhados de características diferentes, às vezes inesperadas, que refletem a percepção dos fabricantes sobre o que é mais importante para as pessoas. "Estamos vivendo numa era extremamente excitante. É muito desafiador definir de qual segmento industrial fazemos parte, porque tudo está em constante mudança", disse Olli-Pekka Kallasvuo, chefe-executivo da Nokia.

Historicamente, a Microsoft é a grande campeã quando se trata de computadores tablet, que permitem que as pessoas rabisquem na tela do aparelho com uma caneta especial, assim como fariam em uma folha de papel. Nos últimos anos, os grandes fabricantes de computadores pessoais, como a HP e a Dell, têm utilizado o software da Microsoft para fabricar tais tablets – ou slates, outra palavra que tem sido usada com o mesmo significado. Mas os aparelhos são similares e possuem várias limitações no que oferecem. O software, baseado no Windows, nunca aparentou ser flexível o suficiente para se adequar a um grande nú­­­mero de computadores móveis. Atualmente, existe uma disponibilidade muito maior de hardware e software para se fabricar dispositivos portáteis, que têm baixo custo, contam com uma grande capacidade de armazenamento de dados e processamento, são mais leves, finos e geralmente dispensam o uso de um teclado periférico.

A Apple,Google e Nokia possuem suas próprias plataformas de software, contando com a Intel, Nvidia, Qualcomm, Broadcom e Marvell se atropelando para fornecer chips para esta nova onda de produtos. Enquanto isso, a Micro­­soft está pensando em fabricar seu próprio hardware, na tentativa de oferecer um pacote tão coerente quanto o da Apple e das outras concorrentes.

A Apple afirma ter vendido mais de 450 mil iPads apenas no primeiro fim de semana. Os consumidores foram atraídos pela nova abordagem a computação oferecida pelo iPad, que sobrepõe as vantagens da tela touchscreen e das possibilidades de entretenimento sobre a comodidade do teclado.

Todavia, comentaristas e usuários finais também estão comentando as falhas do iPad – como, por exemplo, a falta de uma câmera e a impossibilidade de o aparelho exibir grande parte do entretenimento oferecido via web, como vídeos no formato flash. O iPad também está sendo criticado por não realizar mais de uma tarefa por vez, mesmo apesar da Apple ter anunciado na última sexta-feira que isto será revertido nos próximos meses. Outro ponto negativo do iPad é que ele utiliza um processador de telefone celular, com muito menos velocidade do que um processador de computador.

A versão do iPad da HP deve ser lançada ainda na metade deste ano. O aparelho deverá contar com uma câmera embutida e com portas USB para periféricos, como um mouse. Ele também irá, de acordo com um vídeo demonstrativo da HP, "acessar a internet de maneira completa" – o que incluiria a exibição de vídeos e outros tipos de entretenimento. Phil McKinney, chefe de tecnologia do grupo de sistemas pessoais da HP, disse em uma entrevista recente que a empresa já estava trabalhando em um tablet há cinco anos. Ainda de acordo com o executivo, a empresa evitou lançar o produto antes de o preço ser mais acessível.

O departamento de marketing da empresa vem divulgando vídeos online sobre o novo dispositivo. Este tipo de campanha de marketing antecipado é uma mudança na HP, que raramente comenta ou divulga produtos que ainda não foram oficialmente lançados. McKinney, todavia, declarou que a HP sentiu pouca pressão gerada pela medida antecipada da Apple e só irá lançar seu slate quando ele realmente estiver pronto. "Já tenho um em cima da minha mesa", disse. "Quando se trata desse tipo de questão nós não podemos ser reativos nem simplesmente reagir ao timing da concorrência."

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