Compra da GVT pela Telefônica foi oficializada em setembro do ano passado| Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo

A Telefônica Brasil espera conseguir até R$ 2 bilhões em sinergias anuais após a conclusão da compra da GVT, afirmou o vice-presidente financeiro da companhia, Alberto Horcajo Aguirre, nesta quarta-feira (29), acrescentando que 70% desse valor deve ser obtido em 2017.

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Mais cedo, a Telefônica Brasil divulgou apresentação a investidores elevando de maneira significativa suas projeções de sinergias a serem conseguidas com a incorporação da GVT. A conta passou de até R$ 14,1 bilhões para até R$ 22 bilhões, segundo o “melhor cenário”, traçado pela companhia. As projeções, junto com o resultado de segundo trimestre apresentado mais cedo, animaram uma alta de mais de 7% nas ações da companhia, que lideravam a ponta positiva do Ibovespa.

Como parte do otimismo dos investidores que motivou o salto nas ações da empresa, o grupo Telefónica anunciou mais cedo acordo com a Vivendi para troca de ações da Telefônica Brasil detidas pelo grupo francês por papéis do grupo espanhol.

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Lucro líquido da Telefônica Brasil cai 56% no 2º tri

A operadora Telefônica Brasil, dona da marca Vivo, informou nesta quarta-feira (29) forte queda no lucro líquido do segundo trimestre na comparação anual, apesar de ter registrado alta dos resultados operacionais no primeiro balanço divulgado após a conclusão da compra da GVT.

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Segundo Aguirre, a expectativa é que esta operação, um desdobramento da compra da GVT, deve ser aprovada rapidamente pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o que deixará a Vivendi com uma participação residual na Telefônica Brasil.

“Eles vão ficar com menos de 1% (de participação na Telefônica Brasil) e não tenho dúvida de que na hora certa eles vão sair”, afirmou o executivo.

Mudanças

Aguirre evitou fazer comentários sobre cortes de pessoal após a incorporação da GVT. Ele afirmou, porém, que a Telefônica Brasil já fez “bastantes mudanças e ao longo do ano trabalhamos para conseguirmos maiores níveis de produtividade e qualidade de serviços. Temos algumas metas (...) somos uma empresa com 34 mil profissionais. Podemos fazer igualmente bem com menos recursos”, afirmou.

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Entre os benefícios da incorporação da GVT, executivos da Telefônica Brasil citaram a ampliação das ofertas de banda larga da operadora, em complementação aos investimentos para levar fibra ótica até a casa dos clientes, a chamada “fiber to the home” (FTTH).

Com isso, a empresa manterá os investimentos na rede FTTH em locais que justifiquem os gastos, mas passará a adotar também a tecnologia “fiber to the cabinet” (FTTC) em bairros da cidade de São Paulo atendidos atualmente apenas por cabos de cobre, de forma a ofertar velocidades de banda larga maiores aos clientes.