Temor sobre Grécia derruba bolsas e faz dólar subir mais de 2%

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A polêmica proposta de referendo da Grécia provocou queda nas bolsas de todo o mundo e fez o dólar subir mais de 2% nesta terça-feira (1º). Há temores dos investidores de que o referendo anunciado pelo primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreu, sobre o resgate de seu país, provoque o default da Grécia e quebre o sistema financeiro do país.

O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) fechou em baixa de 1,74%, aos 57.322 pontos. O giro financeiro do dia foi de R$ 6,829 bilhões, em 745.353 operações. As maiores baixas foram das ações ordinárias da JBS-Friboi, que caíram 7,75%, enquanto as altas foram lideradas pelos papéis preferenciais da Telemar, que subiram 2,77%.

A Bolsa de Nova York terminou também em queda. Segundo cifras provisórias, o Dow Jones perdeu 2,48%, para 11.657,96 pontos, e o Nasdaq recuou 2,89%, para os 2.606,96 pontos.

Ásia e Europa têm fortes quedas

Houve ainda fortes quedas nas bolsas da Ásia e da Europa.

Na Ásia, o índice MSCI das ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 2,46%, após fechar outubro com ganho de mais de 12%. Em Tóquio, o índice Nikkei encerrou em baixa de 1,70%. O mercado de Hong Kong perdeu 2,49%.

Na Europa, a queda foi ainda mais forte. O CAC 40 da Bolsa de Paris perdeu 174,51 pontos, fechando aos 3.068,33 pontos. Os papeis bancários perderam entre 15% e 17%.

O principal índice da Bolsa de Frankfurt, o DAX, perdeu 5%, aos 5.834,51 pontos. O Footsie-100 dos principais valores da Bolsa de Londres perdeu 122,65 pontos, 2,21%, fechando aos 5.421,57 pontos. O Ibex 35 da Bolsa de Madri perdeu 4,19% no fechamento, aos 8.579,6 pontos. Já o FTSE Mib da Bolsa de Milão, perdeu 8,80%, para 14.928 pontos.

Dólar sobe para R$ 1,73

A moeda norte-americana fechou a 1,7375 real para venda, com valorização de 2,05%. A alta chegou a ser mais intensa, de 3,55%, a 1,7630 real, mas perdeu força no final da tarde após sinais de oposição ao referendo grego dentro do Parlamento.