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As sócias e cunhadas  Leodete e  Marília Culpi: um ano até formatar o projeto de expansão. | Henry Milleo/Gazeta do Povo
As sócias e cunhadas Leodete e Marília Culpi: um ano até formatar o projeto de expansão.| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Depois de vinte anos de muito tutu de feijão, o restaurante Tempero de Minas, um refúgio mineiro em pleno centro de Curitiba, acaba de anunciar que vai dividir os segredos de seu fogão à lenha para expandir o negócio por meio do modelo de franquia.

História de família

A família pegou gosto pela comida mineira graças a um restaurante em Belo Horizonte, capital mineira, no qual Levir Culpi almoçava com frequência. Quando conheceu o local, Marília, que na época era dona de casa, pensou imediatamente que o modelo poderia ter sucesso em Curitiba. A ideia inicial era abrir uma franquia do restaurante. Mesmo sem interesse dos donos, eles deram uma consultoria completa e dividiram os segredos da cozinha. A convite da cunhada, Leodete, que é pedagoga , deixou a direção de um colégio em Curitiba para entrar na empreitada, traduzindo a experiência na gestão das salas de aula para o salão do restaurante. “Aprendemos muito na prática, enquanto uma ficava no caixa, a outra cuidava do fogão. Já picamos muita couve e quiabo”, lembra Leodete.

Não só o Tempero de Minas é resultado das mudanças de Levir Culpi a trabalho. Foi durante sua experiência no Japão que Marília fez cursos de culinária oriental para abrir junto à filha Mayra o restaurante Azuki, conhecido pelo sistema de servir as porções por uma esteira rolante, que deve ganhar a primeira franquia ainda neste ano. Sobre a possibilidade de novas empreitadas, Marília garante que deve ficar só entre o sushi e o tutu. “Virou uma brincadeira entre os amigos. Porém, mesmo que o Levir vá para a Itália ou para os Emirados Árabes, não vamos abrir novos restaurantes”, brinca.

Fruto da passagem do técnico de futebol curitibano Levir Culpi pelos times – e restaurantes – mineiros, o estabelecimento é conduzido a quatro mãos pelas sócias e cunhadas Marília e Leodete Culpi, respectivamente esposa e irmã do técnico. A ideia da expansão por franquia surgiu a partir da experiência de Marília com o lançamento da franchising do restaurante japonês Azuki, que gerencia ao lado da filha. Após um ano de formatação do projeto, a dupla começa a avaliar as primeiras propostas.

“Muitos clientes perguntavam se tínhamos interesse em franquear o restaurante. Neste ano, com a perspectiva de crescimento do mercado de franquias e a procura dos empreendedores por investimentos mais seguros, decidimos que era hora de expandir”, diz Marília. De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor deve crescer entre 7% e 9% em 2015.

Com investimento inicial estimado entre R$ 330 mil e R$ 380 mil, dependendo das adaptações necessárias no local, a franquia tem retorno previsto entre dois e três anos após a inauguração. Segundo as empresárias, a meta é abrir entre seis e dez novas unidades nos próximos dois anos, com a primeira preferencialmente em Curitiba, em uma das regiões estratégicas já selecionadas pela dupla.

“Queremos garantir o mesmo padrão de qualidade, principalmente o preparo dos pratos e o tempero, que continua o mesmo desde que abrimos e é ingrediente do sucesso nestes vinte anos”, diz Leodete Culpi.

Os franqueados terão suporte integral desde a escolha do ponto, reforma e decoração, até a compra de equipamentos e treinamento da equipe, que deve durar em torno de um mês, abordando desde as receitas e a manutenção do fogão à lenha, até o contato com fornecedores e atendimento ao cliente. Para franquias em cidades mais distantes, as empresárias contam com uma consultora na capital mineira que também pode oferecer o treinamento. “Mesmo com uma equipe de confiança, o olho do dono é importante para corrigir pequenos detalhes, e queremos fazer o mesmo com a franquia”, diz Marília.

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