Terminais privados têm queda no embarque de soja

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Os silos privados instalados em Paranaguá perderam participação na movimentação de soja. Segundo dados divulgados ontem pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) os dois silos públicos registraram crescimento no volume embarcado, enquanto o total exportado pelo porto ficou praticamente estagnado.

No "Silão", uma estrutura vertical que tem capacidade para armazenar 100 mil toneladas, foram movimentadas 503 mil toneladas no primeiro trimestre deste ano, contra 257 mil toneladas no mesmo período de 2005, um crescimento de 95%. No silo horizontal, a variação foi de 48,7%, passando de 77 mil toneladas para 114 mil toneladas. No mesmo período, o volume que passou pelos terminais privados caiu de 800 mil para 570 mil toneladas.

O aumento na produção dos silos públicos contrasta com o resultado geral dos embarques em Paranaguá. No primeiro trimestre, as exportações de soja tiveram um avanço leve, de apenas 3%, chegando a 1,153 milhão de tonelada. Em abril, o ritmo de movimentação ficou mais lento. Até 18 deste mês foram embarcadas 1,526 milhão de tonelada, 8,7% a menos do mesmo período de 2005.

Para a direção da Appa, os dados dos silos públicos mostram a produtividade do terminal público. "Os bons resultados deverão se repetir ao longo dos próximos meses nos embarques da safra da soja convencional", afirma o chefe do Departamento de Operações, Clauber Candian.

Os terminais privados vêm insistindo que perderam cargas para outros portos por conta da proibição à entrada da soja transgênica em Paranaguá até o início deste mês. Alguns deles desviaram navios para terminais em São Francisco do Sul e Santos para escoar estoques com mistura de grãos convencionais e geneticamente modificados.