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Brasília – O governo federal tem como meta aumentar o investimento público neste ano para garantir que o país tenha condições de crescer a taxas mais elevadas. No entanto, o secretário do Tesouro, Tarcisio Godoy, admitiu que é difícil acelerar esses gastos e que o investimento é pequeno. "Temos dificuldade para acelerar os investimentos, mas estamos trabalhando", disse.

Nos três primeiros meses do ano, os investimentos somam R$ 2,230 bilhões, um crescimento de 7,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. Essa é a despesa que menos cresce no governo. Os gastos da Previdência, por exemplo, tiveram um incremento de 13,7% no trimestre e os gastos com pessoal, de 10,7%.

O secretário negou que o baixo nível de crescimento da despesa com investimentos seja por falta de repasses do Tesouro para os ministérios. "O fator que restringe não é a disponibilidade de recursos. Eu queria que a gente tivesse gasto mais com investimento. O investimento é pequeno, mas não significa que você não vai ter uma dinâmica diferente [até o final do ano]", espera Godoy.

O governo pretende gastar neste ano R$ 11,3 bilhões com o Programa Piloto de Investimentos (PPI), que inclui obras de infra-estrutura consideradas prioritárias para o país. No entanto, até março, esse gasto foi de apenas R$ 504,9 milhões, contra R$ 387,7 milhões no mesmo período do ano passado.

O secretário tentou minimizar esse gasto baixo, afirmando que, oficialmente, o PPI tem apenas R$ 4,6 bilhões. O Congresso Nacional precisa aprovar uma alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que eleva o valor para R$ 11,3 bilhões – equivalente a 0,45% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse foi um pedido do Executivo por conta do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Do lado das receitas, o total delas cresceu 10,4%, sendo que só as do Tesouro tiveram um incremento de 13,5%. Isso ocorreu porque em março há um pagamento maior de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) por conta do encerramento do prazo legal para o recolhimento desses tributos. Além disso, o Tesouro ressalta o pagamento de lucros e dividendos da Petrobrás (R$ 655,3 milhões) e do Banco do Brasil (R$ 584,4 milhões) e a liberação de 975 milhões para pagamentos referentes às compensações de exportações (Lei Kandir).

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