Todos os olhos sobre Rotenberg

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A multinacional francesa L´Oreal prepara a inauguração, em Curitiba, de um instituto de treinamento para profissionais de salão de beleza. A primeira turma só deve começar o curso em junho. A escola já existe em outras duas capitais, Rio de janeiro e São Paulo, onde treinou mais de mil profissionais. O instituto deve inaugurar mais dez endereços no Brasil até o fim de 2014. O modelo deu tão certo que deve ser exportado. Até o fim de 2013 serão inauguradas unidades em Dubai, África do Sul, Panamá e Chile. O diretor do Instituto L´Oreal Professionnel, Richard Klevenhusen , disse à repórter Lana Kanepa que os cabeleireiros certificados também saberão apresentar a qualidade dos produtos da marca francesa aos clientes.

Como surgiu a ideia de abrir uma escola para cabeleireiros?

A gente percebeu que existia uma enorme carência de mão de obra qualificada em todo o Brasil. Quando a gente visita os salões é fácil perceber que muitos não têm nenhum certificado. Então vimos que não adianta ter uma marca super conceituada se os responsáveis por manusear os produtos não são qualificados. Queremos oferecer segurança para as clientes que usam L’Oreal. Afinal os profissionais lidam também com produtos químicos que podem oferecer risco se usados de forma incorreta.

Como funciona o treinamento?

Cada aluno tem direito a 390 horas de curso. Isso pode ser feito em oito meses, com aulas quase todos os dias, à noite, ou período integral, dois dias da semana. Mas o aluno também tem a opção de fazer o treinamento no dobro do tempo, em 16 meses, freqüentando a escola somente às segundas-feiras. Onde o trabalho já começou, percebemos que o treinamento tem um efeito muito positivo na colocação desses profissionais no mercado. Quando eles entram, cerca de 30% dos alunos já tem alguma ocupação, já estão trabalhando em salão, normalmente como auxiliar de cabeleireiro. No fim do treinamento esse número passa para 50%. Somos uma escola, não uma agência de empregos, mas no fim das contas a gente acaba dando uma de cupido. Quando um salão precisa, pede indicação, a gente ajuda. Eu já vi um mesmo salão contratar mais de dez alunos de uma turma.

Por que Curitiba?

Estamos abrimos escolas nas grandes capitais, abrimos no Rio de Janeiro, em São Paulo e agora em Curitiba, que está no top five (entre as cinco melhores). A gente ainda nem começou a fazer a divulgação direito, porque a primeira turma só começa em junho e o instituto ainda está em obras. Mesmo assim, só com os boatos temos uns 80 candidatos. Nessa primeira etapa vamos oferecer umas 180 vagas, por causa da capacidade de salas e instrutores. Mas a meta é aumentar bastante até o fim do ano. Queremos chegar a 400 alunos por mês.

O presidente do paranaense Grupo Positivo, Hélio Bruck Rotenberg, vai falar sobre os desafios de liderar em uma época com tantas tecnologias e inovações, durante o Fórum HSM Gestão e Liderança, em São Paulo, na próxima quarta.

Sobre ele, estarão os olhos atentos e curiosos de empresários e executivos de todo o Brasil, que aguardam para breve o anúncio de decisões importantes sobre o futuro da empresa: a abertura de capital do grupo educacional ainda neste primeiro semestre, a venda do grupo educacional (avaliado em R$ 2 bilhões, cuja negociação tem à frente dois grandes bancos) e o fechamento do capital da Positivo Informática.

De volta pra casa

O retorno ao Brasil de cerca de meio milhão de brasileiros nos últimos cinco anos, deixando para trás o sonho de enriquecer no exterior, levou o governo a lançar na semana passada o "Portal do Retorno". O site é o primeiro dedicado aos cidadãos que vivem no exterior e querem voltar ao país. O endereço http://retorno.itamaraty.gov.br centralizará todas as informações disponíveis sobre programas e serviços a serem efetuados antes do embarque e após o desembarque de volta ao Brasil.

O site é resultado de um trabalho conjunto entre Itamaraty, Caixa Econômica e os ministérios do Trabalho e da Previdência. A maioria das pessoas vêm dos Estados Unidos, do Japão, da Espanha e de Portugal, escapando da crise financeira internacional, que reduziu empregos e salários no mundo desenvolvido. Desde 2008, o número estimado de brasileiros que vivem no exterior caiu de 3 milhões para algo em torno de 2,5 milhões de pessoas.

De Paris

A marca francesa de cosméticos Bourjois vai bater à porta dos consumidores brasileiros a partir de amanhã. A estreia será possível graças à parceria com a paranaense Racco, que está produzindo um catálogo com 30 produtos da empresa de 150 anos.

A Racco também será responsável por distribuir os produtos Bourjois nos pontos de venda oficiais da marca, há 10 anos.

Bolsas de sangue em Campo Largo

A espanhola Grifols vai fabricar bolsas de coleta de sangue na fábrica que construirá em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba. Terça-feira será lançada a pedra fundamental da primeira unidade industrial da empresa no Brasil. A unidade é fruto de uma associação entre a Grifols – de atuação global no ramo farmacêutico e hospitalar – e a brasileira CEI e se chamará Gri-Cei.

Agenda

De 8 a 10 de abril, no Expotrade em Pinhais, a 32ª Mercosuper reúne 280 empresas do setor supermercadista e recebe cerca de 40 mil visitantes. A expectativa de negócios gira em torno de R$ 600 milhões.