O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, aproveitou a cerimônia de posse de 83 novos analistas da instituição, ontem, para lembrar ao mercado financeiro que o cenário desenhado meses atrás pela casa está se confirmando. Quase em tom de "nós estávamos certos", o presidente do BC disse que "às vezes é preciso tempo para que os cenários fiquem mais claros".
Além disso, no primeiro discurso realizado por ele após a reversão de parte das medidas macroprudenciais, na última sexta-feira, Tombini reafirmou que o cenário central usado pelos diretores da instituição contempla "ajustes moderados na taxa Selic, uma ação consistente com o retorno da inflação à meta em 2012".
O discurso feito ontem pelo presidente do BC reafirmou as decisões adotadas pela casa nos últimos meses e pode sinalizar que a estratégia continua, por enquanto, a mesma. "À medida que novas informações são divulgadas observa-se a confirmação do cenário antecipado por esta casa", disse.
Para Tombini, o tempo dá razão às ações do BC. Segundo ele, a evolução do cenário confirma "as decisões tempestivas adotadas pela autoridade monetária". "Foi assim no primeiro semestre deste ano, quando os sucessivos aumentos na meta para a taxa básica de juros foram adotados, levando à redução gradual do descompasso entre oferta e demanda", disse.
"Foi assim, também, quando desenhamos a trajetória esperada para a taxa de inflação acumulada em 12 meses, que deveria atingir seu pico no terceiro trimestre e se reduzir fortemente até o segundo trimestre do próximo ano, cenário que começa a se materializar com a divulgação do IPCA relativo ao mês de outubro último", reforçou, ao lembrar a recente desaceleração dos índices de preço.
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Leia o relatório completo da Câmara dos EUA que acusa Moraes de censurar direita no X
-
Revelações de Musk: as vozes caladas por Alexandre de Moraes; acompanhe o Sem Rodeios
-
Mundo sabe que Brasil está “perto de uma ditadura”, diz Bolsonaro
Meta fiscal mais frouxa do governo Lula piora expectativas e mercado joga juros para cima
Rebaixamento da meta aumenta desconfiança sobre as contas do governo Lula
Incertezas do Brasil fazem exportador deixar dólar no exterior e elevam pressão sobre câmbio
FMI amplia projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2024 e 2025
Deixe sua opinião