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A Varig voltou a operar ontem no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. O vôo 2702, que veio do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, foi recebido com saudações de boas vindas pelo operador da torre de controle. Isso porque a Varig ficou mais de um mês sem operar vôos em aeroportos no Paraná, suspensos um dia depois do leilão de aquisição da Varig pela VarigLog, em 21 de julho.

O vôo 2702 pousou no Afonso Pena dez minutos antes do horário previsto, às 12h50, com 38 passageiros a bordo. Em Curitiba, 41 passageiros embarcaram, com destino a Congonhas. O Boeing 737-300 da Varig, que tem capacidade para 136 passageiros, decolou no horário previsto, às 14h26. Apesar da baixa ocupação (menos de 30%), os funcionários da loja da Varig no aeroporto comemoraram a operação. "Já estávamos otimistas, e agora estamos ainda mais", disse a gerente Tânia Vargas.

A Nova Varig – como está sendo chamada a parte operacional da companhia – confirmou que vai manter os vôos 2702 e 2705 diariamente. A partir de segunda-feira, mais quatro vôos Congonhas-Curitiba-Congonhas serão retomados. As passagens para São Paulo são vendidas pela internet e na loja do aeroporto com tarifas a partir de R$ 95,00. Além de Congonhas, o passageiro também pode ir de Curitiba a outros destinos – Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre – com conexão em São Paulo.

Crise no ar

A VarigLog, nova controladora da Varig, decidiu suspender 132 rotas, incluindo as do Paraná, um dia depois da aquisição, em 22 de julho. A primeira etapa do plano de reestruturação da companhia previa a retomada da operação de dez destinos nacionais e três internacionais e uma frota de 18 aviões, a partir de ontem. Outra medida tomada pela companhia na reestruturação foi a demissão de 5,5 mil funcionários, em 28 de julho.

A segunda etapa do plano começa em 6 de setembro, quando mais rotas podem ser incorporadas à malha. Há duas semanas, a compra de 50 aviões, de dois fabricantes diferentes, foi anunciada pelo presidente do Conselho de Administração da VarigLog, Marco Antônio Audi. O investimento da empresa na compra das aeronaves será de cerca de US$ 300 milhões.

Batalha judicial

Na justiça, os critérios de distribuição das rotas e dos espaços nos aeroportos que não estão sendo operados pela Varig são motivos de atrito entre a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Justiça do Rio. Na última quinta-feira a Anac publicou no Diário Oficial da União um edital para a licitação de 50 slots (espaços de pouso e decolagem) da Varig no aeroporto de Congonhas. Segundo a agência, o processo de redistribuição das linhas aéreas entre outras companhias vai ocorrer em sessões públicas nos dias 14 e 15 de setembro, em Brasília.

Mas, a Justiça do Rio entende que a empresa deve ter 30 dias após a concessão de autorização de vôo para definir quais rotas deseja manter e que a discussão sobre a redistribuição das linhas pode prejudicar a companhia. O Ministério Público Federal defende a posição da Anac e, também na última quinta-feira, recomendou a redistribuição das 132 rotas.

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